O Vaticano apelou para a anulação do "Gay Pride" previsto para
sexta-feira em Jerusalém para não ferir "os sentimentos de milhões de
crentes judeus, muçulmanos e cristãos".
O Vaticano indica num comunicado ter sabido "com amargura" da
organização em Jerusalém "de uma das chamadas `manifestações de orgulho
homossexual`" e exprime "a sua mais viva desaprovação por uma iniciativa
que constituirá uma grave afronta aos sentimentos de milhões de crentes
judeus, muçulmanos e cristãos", para quem a cidade "tem um carácter
sagrado" e "que pedem que as suas convicções sejam respeitadas".
O Vaticano espera assim "que a questão seja reconsiderada", acrescenta o
comunicado, que precisa que uma nota nesse sentido foi transmitida ao
Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita pela Nunciatura
Apostólica em Israel.
Nesta nota em inglês publicada em anexo ao comunicado, a Santa Sé
sublinha que "o direito à liberdade de expressão está submetido a justas
limitações, em particular quando o exercício desse direito ofende
crentes".
Pede ainda ao Ministério dos Negócios estrangeiros israelita "para usar
de toda a sua influência" de forma que a decisão de autorizar a
manifestação seja reexaminada.
O Gay Pride de Jerusalém foi autorizado domingo pelo Procurador Geral do
Estado de Israel, Menahem Mazouz, apesar das violentas reacções que
suscita o projecto.
O presidente ultra-ortodoxo de Jerusalém, Uri Lupolianski, foi agredido
terça-feira à noite por ultra-ortodoxos que se opõem à organização desta
manifestação.
Em 2000, o Vaticano protestou igualmente pela organização de uma marcha
de Orgulho Gay em Roma.
O comunicado divulgado hoje pelo Vaticano afirma que nas anteriores
manifestações deste tipo, "os valores religiosos foram sistematicamente
ofendidos".
Agência LUSA
2006-11-08 21:31:52
Mais uma vez do lado dos fracos e oprimidos!
Para ler uma leitura sobre este gay pride e uma visita à faixa de Gaza ir ao
Arrastão de Daniel Oliveira. O relato faz recordar muitos dos episódios de que dá testemunho Joe Sacco num livro que já passou por aqui. A questão dos recursos como a água e a energia mereciam uma aproximação melhor. Daniel Oliveira dá quase a entender quando fala na energia elécrica por exemplo que a maior atrocidade é Israel vendê-la por um preço exorbitante quando a questão fundamental é a apropriação indevida dos mesmos recursos através da anexação de zonas estratégicas.