15 outubro 2006

Eduardo Pitta voluntaria-se para ficar sem ordenado (aproveite Sr. Primeiro-Minsitro)

Eu prefiro ter o salário congelado a contribuir para que um dia não tenha nenhum. E, sim, prefiro pagar taxas simbólicas para que um dia não seja obrigado a esportular dois ou três mil euros por uma pequena cirurgia feita em regime de ambulatório. Ou, pior, ter de suportar um New Deal à bruta. Candidatos a Roosevelt é coisa que não falta. As manifs fazem parte do folclore da democracia porque o imaginário da resistência tem um perfume irresistível. Sem a caução do voto, os profissionais do Agit-Prop fazem da rua o seu terreno de eleição. Mas, como dizia o almirante, o povo é sereno. Ambos sabemos, meu caro João Gonçalves, que essa serenidade ainda não foi posta em causa. O que se passou anteontem foi só fumaça...

Tanto disparate junto faz-me duvidar. Ser o sustentáculo moral do poder sempre foi um perfume muito mais irresistível Dr. Pitta. E espero mesmo que pague dois mil ou cinco mil euros para fazer a tal cirurgia ao furúnculo que cresce naquele sítio nas pessoas que não têm a rua como terreno de eleião. Com o seu discurso pode concerteza pagar já que também lhe podem congelar o salário desde já. A fumaça é criada por funcionários públicos talvez como o sr.Professor. Que vão aguentando as coisas, sustentando os sistema, desde que este lhe sirva tudo vai bem.

1 comentário:

Helena Romão disse...

Realmente esta gentalha que fala com toda a soberba e sem o mínimo laivo de respeito, percebe-se logo quem é. Nem era preciso pôres o apelido... vê-se a milhas. Nem a filha do Marcelo Caetano é tão fascista!

Essa coisa de falar do alto dos milhões e dizer que nem se importava de ficar uns tempos com o ordenado congelado, além de revelar uma total desconhecimento da vida, revela que o tipo nem sequer percebe que nem toda a gente tem heranças amealhadas para poder viver como quer, mesmo que não recebesse nada até ao fim da vida.

Parece a Maria Antonieta quando lhe disseram que a população de Paris nem pão tinha para comer: "Comam brioches, ora bolas!" Mas essa andava de cabeça perdida...