20 dezembro 2006

Menos perto do que é importante

Se há publicidade que me tem irritado solenemente e de forma continuada é a da TMN desde que mudaram de rosto e de imagem. A mudança do seu target para o universo juvenil (sendo nestas camadas que se gasta muita pipa de massa e que se pode promover a a habituação a novos serviços) faz de cada reclamo novo um atentado aos consumidores mais ou menos voluntários da publicidade. Se há aquela que diverte e desanuvia a da TMN dá vontade de ir ver o S.Gregório. A vida-como-ela-é é tudo menos a vida como ela é. O até já roubado às nossas frases diárias para marca de uma empresa é insidioso e repugnante. Agora imaginem os trabalhadores da TMN quando alguém amigo lhe diz até já. E depois da publicidade com caras idílicas abaixo dos 25 anos vieram as lojas tipo bar dos morangos com açúcar mas em tons de azul submarino. Os trabalhadores abaixo dos 25 anos e vestidos com roupas de skater azul submarino. Decidiram especializar-se num tipo de clientes (TMN concurso de bandas de garagem) e numa estação do ano ou estão a adaptar-se ao país irreal que temos?

2 comentários:

Venus as a boy disse...

Apoiado, apoiado!

Helena Romão disse...

Percebo. Mas a publicidade que mais me incomoda é aquela que usa a mulher como objecto. Não só do ponto de vista físico da fotografiazinha provocante, mas sobretudo a do tipo que devolve a noiva, a do outro que compra uma bondgirl, a da miúda do gás que vai a casa, a do joão que é feito para agradar às mulheres porque até deixa a mulher sair com as amigas... essas, que depois de uma época em que parecia que caminhávamos em direcção à igualdade, nos mostram que afinal foi só uma moda essa coisa da igualdade e de termos a mania que somos gente. E que já passou. O que está in voltou a ser o ferro de engomar, as limpezas as cozinhas.
Cada vez mais somos tratadas como coisas, na publicidade e em tudo.

Ainda bem que puseste ali no cantinho a declaração pelo SIM, obviamente! Obrigada!