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06 maio 2014

José Mário Branco

Estreou este ano no Indie de Lisboa. Feito ao longo de 9 anos com os recursos que os realizadores foram encontrando, é um grande filme documentário, à altura do grande homem que é e foi sendo José Mário Branco. O filme não se precipita para os lados doméstico e íntimo e fixa-se no percurso público e político da sua biografia. Não fazer concessões e não desistir da vida e da luta, misturando uma e outra porque não são diferentes, fazem do músico José Mário Branco um exemplo e uma inspiração. São raros, os que conhecemos, sorte a nossa.

09 janeiro 2010

João Aguardela - Música para uma nova tradição




Está a fazer um ano do desaparecimento de João Aguardela e não é tarde para divulgar um projecto onde se disponibilizou, de forma gratuita (muito ao jeito de como levou a sua vida e a sua arte) o trabalho individual de investigação em torno da música tradicional e da sua relação com o tempo contemporâneo e com a música electrónica. Para não desaparecer o Megafone 5, para ouvir (sempre) com atenção.

02 novembro 2009

18 julho 2009

Maria João Pires


"De repente um pouco por toda a parte os comentários são unânimes em como afinal ela não é assim tão boa pianista.
Este é o país que não tem uma companhia de ópera e não dá pela falta dela!!! Estas são as pessoas que não têm uma orquestra por capital de distrito e não contestam!!! Este é o povo que assiste (não assiste, porque não vai lá — ainda por cima!) à Companhia Nacional de Bailado a dançar ao som de uma gravação, porque não há uma orquestra dedicada à CNB e em vez de se revoltarem contra isso, ainda acham que a Cultura tem dinheiro a mais!
Ora neste país de melómanos, de onde aparecem repentinamente todos estes críticos altamente informados e com capacidade atestada para comentar o valor da Maria João Pires enquanto pianista? Estes altíssimos musicólogos, muito mais sabedores que qualquer Barenboim que — pobre ignorante — continua a admirá-la e a querer e gostar de trabalhar com ela?!
Fica o vídeo: para que não voltem a comentar sem ter tido a oportunidade de a ouvir pelo menos uma vez. Já agora, os ignorantes deste vídeo, que insistem em trabalhar com tão terrível pianista — o que se confirma na audição — são Pierre Boulez e a Filarmónica de Berlim, que não vou apresentar, uma vez que qualquer coisa que eu possa dizer ficará certamente muito aquém do que a maioria dos tão bem informados melómanos-comentadores sabem! Disparem à vontade, que eu aposto que o Wolfgang estará regaladinho se puder ouvir o seu concerto assim."
Escreve a Helena Romão aqui

28 junho 2009

Rodrigo Leão


Há autores que, apesar de não fazerem nada de realmente original há quase 20 anos, têm toda a imprensa com eles, ou porque convidam estrelas da música internacional para abrilhantar o cd ou/e porque aprenderam a dominar a máquina mediata e vazia da comunicação espectáculo.

20 abril 2009

Genial


Cristina Branco transforma em ouro quase tudo quanto canta. Até o Rui Veloso e o Carlos Tê conseguem ser menos maus na sua voz. Não precisava de ter ido a tanta gente tão diferente de uma só vez. Mas o resultado, ao vivo, para já, é inexcedível.
Ao décimo disco não é possível mais esconder esta paixão.

12 julho 2008

Era uma vez o Espaço


Lá em cima
há planícies sem fim
Há estrelas
que parecem correr
Há o sol e a Any[?] a nascer

Nós aqui sem parar
numa terra a girar

Lá em cima
há o céu de cetim
há cometas
há planetas sem fim
Galileu
teve um sonho assim
Há uma nave no espaço
a subir passo a passo
Galileu
teve um sonho assim

Lá em cima pode ser o futuro
a alegria
vamos saltar o muro
e a rir
unidos com um abraço
vamos contar uma história
Era uma vez o Espaço

lala lalalalala lalalalalal



Lá em cima
já não há sentinelas
sinfonia
toda feita de estrelas
uma casa sem portas nem janelas
É estenderes o braço e tocares o espaço

20 março 2008

Deolinda


Para o fim de semana prolongado, para quem não vai para o Brasil nem para Nova Iorque, fica uma música do novíssimo álbum de Deolinda.


04 fevereiro 2007

Zeca Afonso


No próximo dia 23, passam vinte anos da morte do Zeca. A Associação José Afonso (AJA) tem agora uma Rádio Zeca. Assim que se entra no site, abre-se uma janela ao lado onde se podem ouvir várias canções dele. Há música para muitas horas!

Além de se encontrarem no site as notícias actualizadas dos concertos e iniciativas de homenagem que vão acontecer ao longo de todo o mês e em todo o país. Estas notícias, assim como textos outros vários também costumam ser actualizados no blog da AJA, o Vejam Bem.

05 dezembro 2006

The power of the cat

Woody Allen disse algures num dos seus filmes que a humanidade (ou os norte-americanos o que vai a dar no mesmo) se dividia entre aqueles que gostam de música country e aqueles que não gostam


.

Então e onde ficam os que gostam da Chan Marshall?

02 dezembro 2006

Funeral Sentences
Henry Purcell

1. Man that is born of a woman
2. In the midst of life
3. Thou knowest, Lord

Por:
Emily Van Evera, Timothy Wilson, John Mark Ainsley, Charles Daniels, David Thomas,
Taverner Consort, Taverner Choir, Taverner Players,
Andrew Parrott

24 fevereiro 2006

Para a menina de oiro:

Quando não conseguires dormir, a mamã ou o papá podem pôr-te esta música. É aquela de que tu gostas e com que adormeces mais calma.
Boa noite, e sonhos de todas as cores do arco-íris!

23 fevereiro 2006

As palavras do Zeca

Estas palavras foram repetidas em vários blogs ao longo do dia, mas não é demais repeti-las.
Além disso, o meu contacto consciente com a música do Zeca Afonso começou só na adolescência, já depois da morte dele. Em pequena lembro-me de cantarolar o "Vejam Bem", sem saber o que queria dizer, sem lhe conhecer a importância. Eu sou da geração do PREC, "do nunca desmentido PREC, do assumido, sempre assumido PREC" (disse o Zeca, quando apresentava o Fausto no concerto do Coliseu). Por isso não tenho testemunhos de concertos. Só da lenta descoberta da sua música ao longo da adolescência, até se tornar uma referência essencial, provavelmente igual à de muita gente da minha geração. Daí a importância que também tem para mim a canção "Os filhos da madrugada".


Por estas razões, a homenagem que posso prestar-lhe é relembrar as suas palavras, copiadas da página da Associação José Afonso, e tentar pouco a pouco viver à altura dessa luta pela utopia:

"Não me arrependo de nada do que fiz. Mais: eu sou aquilo que fiz. Embora com reservas acreditava o suficiente no que estava a fazer, e isso é o que fica. Quando as pessoas param há como que um pacto implícito com o inimigo, tanto no campo político como no campo estético e cultural. E, por vezes, o inimigo somos nós próprios, a nossa própria consciência e os alibis de que nos servimos para justificar a modorra e o abandono dos campos de luta."


"Admito que a revolução seja uma utopia, mas no meu dia a dia procuro comportar-me como se ela fosse tangível. Continuo a pensar que devemos lutar onde exista opressão, seja a que nível for."

Utopia

Que bela maneira de inaugurar a música cá no blog, não é?

A 29 de Janeiro de 1983 no Coliseu dos Recreios em Lisboa, o Zeca Afonso deu o seu último concerto. Ao apresentar a Utopia, disse:

"Esta canção chama-se Utopia, e é um pouco aquilo que eu imaginei que pudesse ser uma sociedade sem, como se costuma dizer, sem oprimidos nem opressores, não é? Mas eu creio que efectivamente essa Utopia pode efectivamente concretizar-se."

Eu também penso assim, e por isso escolhi esta canção hoje.


Nota: haverá música mais vezes aqui no Assédio. Hoje fica no automático, podem desligar se quiserem. Nas próximas vezes será ao contrário: quem quiser ouvir carrega no play.