Diz o PM Sócrates, e já dizia há mais tempo o PR Cavaco. E, parece-me, a ver pelas votações que estes dois senhores tiveram, diz a grande maioria dos portugueses.
«(...) o crescimento das despesas com pensões é o que mais seriamente questiona a sustentabilidade do modelo social (...) E é sabido que ele deriva, fundamentalmente, do aumento da esperança média de vida», diz Sócrates.
Há anos, Cavaco explicava que um trabalhador é um custo insustentável porque recebe salário. Um reformado é pior, porque recebe pensão e nem sequer produz. Dizia ele que "resta-nos esperar que (o trabalhador) morra". Especialmente se fôr o bode expiatório de toda a crise: o funcionário público.
Claro que ninguém explica que Portugal é dos países europeus com menor peso da função pública no total da população activa, ou que precisamos de mais funcionários nos serviços públicos (que toda a gente diz que são lentos, porque falta pessoal, mas depois também dizem que há demasiados funcionários - vá-se lá perceber a lógica da cabeça de um português...), ou de mais médicos no centros de saúde, nos hospitais, e nos (quase?) extintos SAP, ou de mais enfermeiros. A mim parece-me estranho que os dois países mais "paranóicos" acerca do peso da função pública sejam precisamente dois dos que estão abaixo da média europeia: Portugal e França.
Outra coisa que achei curiosa hoje ao ouvir o debate na Assembleia, é que o discurso do PM Sócrates (pretensamente socialista) parece copiado tal e qual do discurso do PM Villepin (UMP- direita). Tirou "CPE" e pôs "reformas", mas o discurso é o mesmo. Sr. Sócrates, folgo em saber que sabe francês e que sabe traduzir. Acho no entanto que o país lhe paga para escrever discursos originais, não? E já agora, visto que até sabe fazer umas traduções jeitosinhas, não quer juntar-se aos tradutores da ATTAC? Andamos sempre a precisar de quem traduza para português, e o senhor podia ser que aprendesse a dizer alguma coisa de jeito. Ou a ter algum sentido crítico... ou a dizer "qualcosa di sinistra", já que diz que é socialista.
Não posso presumir que os portugueses estejam descontentes, seria desonesto. As eleições são bem recentes e foram livres, e tanto Sócrates como Cavaco são e eram já bem conhecidos de todos. Espero que estejam felizes de terem governantes que não sabem gerir um país, preferem dirigir um cemitério. Sempre que ouvirem o desejo do Sócrates ou do Cavaco de os ver mortos, devem sorrir e pensar "que bem que votei, que feliz que estou, era mesmo isto que eu queria ouvir do meu PM, e que honra poder ter o PR a desejar que eu morra".
Ainda se fossem madeirenses, onde as eleições são «"livres"» em vez de livres... mas no continente e Açores, nada de lamúrias e sorrisinho na cara!
«(...) o crescimento das despesas com pensões é o que mais seriamente questiona a sustentabilidade do modelo social (...) E é sabido que ele deriva, fundamentalmente, do aumento da esperança média de vida», diz Sócrates.
Há anos, Cavaco explicava que um trabalhador é um custo insustentável porque recebe salário. Um reformado é pior, porque recebe pensão e nem sequer produz. Dizia ele que "resta-nos esperar que (o trabalhador) morra". Especialmente se fôr o bode expiatório de toda a crise: o funcionário público.
Claro que ninguém explica que Portugal é dos países europeus com menor peso da função pública no total da população activa, ou que precisamos de mais funcionários nos serviços públicos (que toda a gente diz que são lentos, porque falta pessoal, mas depois também dizem que há demasiados funcionários - vá-se lá perceber a lógica da cabeça de um português...), ou de mais médicos no centros de saúde, nos hospitais, e nos (quase?) extintos SAP, ou de mais enfermeiros. A mim parece-me estranho que os dois países mais "paranóicos" acerca do peso da função pública sejam precisamente dois dos que estão abaixo da média europeia: Portugal e França.
Outra coisa que achei curiosa hoje ao ouvir o debate na Assembleia, é que o discurso do PM Sócrates (pretensamente socialista) parece copiado tal e qual do discurso do PM Villepin (UMP- direita). Tirou "CPE" e pôs "reformas", mas o discurso é o mesmo. Sr. Sócrates, folgo em saber que sabe francês e que sabe traduzir. Acho no entanto que o país lhe paga para escrever discursos originais, não? E já agora, visto que até sabe fazer umas traduções jeitosinhas, não quer juntar-se aos tradutores da ATTAC? Andamos sempre a precisar de quem traduza para português, e o senhor podia ser que aprendesse a dizer alguma coisa de jeito. Ou a ter algum sentido crítico... ou a dizer "qualcosa di sinistra", já que diz que é socialista.
Não posso presumir que os portugueses estejam descontentes, seria desonesto. As eleições são bem recentes e foram livres, e tanto Sócrates como Cavaco são e eram já bem conhecidos de todos. Espero que estejam felizes de terem governantes que não sabem gerir um país, preferem dirigir um cemitério. Sempre que ouvirem o desejo do Sócrates ou do Cavaco de os ver mortos, devem sorrir e pensar "que bem que votei, que feliz que estou, era mesmo isto que eu queria ouvir do meu PM, e que honra poder ter o PR a desejar que eu morra".
Ainda se fossem madeirenses, onde as eleições são «"livres"» em vez de livres... mas no continente e Açores, nada de lamúrias e sorrisinho na cara!
2 comentários:
Para além das campanhas, bem orquestradas e sucedidas contra o funcionário público, também se conseguiu impôr a ideia falsa na opinião pública de que a administração tem um peso excessivo no orçamento. Que a Adminstração do Estado consome grande parte da riqueza do país. Talvez fosse bom demonstar que há de facto, desde tempos remotos (Ìndia?) um número considerável de gente que se administra à conta do Estado, e que comparados com outros páises membros o peso no orçamento gasto com a função pública não estará nem próximo dos maiores.
Boa Belo Post.. achei por acaso enquanto fazia pesquisa sobre o nome Leirias, tem graça achar assim um pensamento tão identico ao meu.. ao dele... ao de outro.. enfim de todos... ou quase!!!!
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