01 abril 2006

A Poesia II - Galileo


Aí em 91 ou 92, tive que fazer um trabalho de grupo de Filosofia sobre o Galileo. Os materiais de trabalho que a professora nos deu foram uma BD que ilustrava o poema do António Gedeão "Galileo Galilei", e uma cassette, emprestada, com a gravação audio do Mário Viegas a dizer esse poema sobre um fundo de uma guitarra que tocava. Não copiei a cassette. Convenci-me que, se a professora tinha aquela gravação, ela havia de estar editada comercialmente algures. Nunca me perdoei, e também nunca mais a ouvi . Mas ainda hoje, quando leio o poema, lembro-me das inflexões, do tom de voz, da calma terna das "margens doces do Arno às horas pardas da melancolia", da ironia na descrição de toda a cena com as "reverendíssimas criaturas".

Sem comentários: