Hoje a situação ainda não é clara. Alguns sindicatos apelam ao levantamento dos bloqueios de escolas e universidades, outros à sua continuação... Há uma manifestação convocada para amanhã, e sobre a qual não há mais notícias.
O CPE foi retirado, mas a lei em que estava inserido, cinicamente chamada Lei para a Igualdade de Oportunidades, mantém-se. O CNE (Contrat Nouvelle Embauche - igual ao irmão mais novo CPE, mas dirigido a pequenas empresas e a trabalhadores de todas as idades) mantém-se. A precariedade, essa, mantém-se também.
As novas medidas anunciadas pelo governo são olhadas com desconfiança por parte dos estudantes, que preferem estudá-las a fundo antes de dar grandes mostras de alegria. Estão habituados a um governo que dá o dito por não dito, muda o nome, baralha e tenta dar de novo. Desta feita, Villepin propõe-se fazer aprovar um sistema baseado em contratos especiais para jovens que já existiam e estão em vigor, financiando as empresas que empreguem jovens com pouca formação. Um deles, O CIVIS, é um contrato de inserção social que prevê o pagamento de um máximo de 900 euros por ano se o emprego do jovem não fôr remunerado (emprego não remunerado???????). 900 euros anuais, ou 75 mensais, é o suficiente para comer uma baguete por semana e não chega nem para um quarto (o salário - mensal - mínimo em França é de 1 217,88 euros; um pequeno quarto em Paris custa cerca de 200 ou 300 euros mensais).
O CPE foi retirado, mas a lei em que estava inserido, cinicamente chamada Lei para a Igualdade de Oportunidades, mantém-se. O CNE (Contrat Nouvelle Embauche - igual ao irmão mais novo CPE, mas dirigido a pequenas empresas e a trabalhadores de todas as idades) mantém-se. A precariedade, essa, mantém-se também.
As novas medidas anunciadas pelo governo são olhadas com desconfiança por parte dos estudantes, que preferem estudá-las a fundo antes de dar grandes mostras de alegria. Estão habituados a um governo que dá o dito por não dito, muda o nome, baralha e tenta dar de novo. Desta feita, Villepin propõe-se fazer aprovar um sistema baseado em contratos especiais para jovens que já existiam e estão em vigor, financiando as empresas que empreguem jovens com pouca formação. Um deles, O CIVIS, é um contrato de inserção social que prevê o pagamento de um máximo de 900 euros por ano se o emprego do jovem não fôr remunerado (emprego não remunerado???????). 900 euros anuais, ou 75 mensais, é o suficiente para comer uma baguete por semana e não chega nem para um quarto (o salário - mensal - mínimo em França é de 1 217,88 euros; um pequeno quarto em Paris custa cerca de 200 ou 300 euros mensais).
4 comentários:
Ola Helena. Como se previa, os estudantes safaram-se e os "periféricos" ficam na mesma! Com as presidenciais à vista, a guerra e os ajustes de contas a vir na direita, a França vai continuar a acelerar. Com um presidente "reformado" e sem autoridade, um primeiro-ministro destroçado que se mantém e a explosiva periferia no mesmo estado, com a juventude dividida entre os "diplomados" ou "diplomàveis" e os outros que nada têm, a coisa vai ser complicada. Daqui até às presidenciais a coisa aquece e prevejo um... inverno quente, a partir de outubro/novembro. Veremos. Por agora assistimos ao fim de crise e custa sempre sair depois de mais de dois meses de grande batalha, sobretudo quando o governo recusa cair... A crise continua, grave, no meu entender.
Pois é. Mantém-se alguma contestação, mas já nada de comparável. Esta manhã em Grenoble forma 2000 os manifestantes.
é, é a saida da crise... inevitàvel. Até à proxima crise, como se vê porque, todos os ingredientes sociais a vao provocar, com a agravbanete, na minha opinião de o governo e o presidnete estarem definitivamente sem qualquer credibilidade. enfim... a crise também atingiu a inteligência em França, acho eu
o texto anterior nao assinado é meu... desculpe helena
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