Há pessoas que nunca conhecemos mas de quem temos saudades.
Lisboa, 29 de Março de 1944
Lisboa, 25 de Agosto de 2007
Há pessoas que nunca conhecemos mas de quem temos saudades.
Lisboa, 29 de Março de 1944
Lisboa, 25 de Agosto de 2007
Os bancos, apesar de todas as garantias dos governos europeus e norte-americano, mantêm a mesma sanha de ganância que nos trouxe até aqui. Com a descida das taxas de juro -para contrariar recessão e inflação - aumentam a sua taxa de lucro sobre o crédito -spread. Afinal que tem a ver a crise financeira com a alteração dos códigos de trabalho e dos sistemas de segurança social na Europa? Porque começamos o novo século e o novo milénio a ter de trabalhar mais e com menos direitos que duas gerações antes da nossa?
Não é de outra coisa a não ser de nós que se alimentam as roletas. Também alimentamos quem as faz girar.
imagem de Vasco Pitschieller
Leonor Beleza contava ontem no jornal2 que um dos projectos para a saúde da Fundação Champalimaud é um jogo para as crianças, com vírus e bactérias para irem matando, cujo herói se chama Champi (ou Champy ou Champee).
Nesse mesmo dia, preparei a mochila e parti:Em Paris, estive com conceituadíssima filósofa de rua, Mari Vão que Eu Já Fui que desde que chegou de woodstok, vai dormindo pelas as pontesdo Rio Sena (o Rio dos Namorados)... lendo, dançando e tomando chá de cidreira sempre que Dedé da Vitória da Conquista-Bahia vai ao seu encontro (todos os dias. Não falha.).Em Bruxelas, estive com Josivaldo Palon, que não se rende a cultura nenhuma muito menos a sua. Em Lisboa, estive com Mário dos Pensamentos. O Mário acredita que aúnica solução para a Europa é a capital da CEE ser Vitória da Conquista-Bahia, Brasil. Vocês não imaginam como anda o PIBConquistense, como também a sua vida cultural.Passei entorno de oito meses a viajar. Quantos pensadores amigos encontrei por essa minha viagem. Todos os momentos foram muito bem fotografados em minha maquinaria cardíaca (diga lá se não tenho um pé no mundo da literatura erudita: muitas vezes, escrevo complicado coisas simples da vida. Isso quer dizer, muitas vezes vejo além da simplicidade das coisas, assim, muitas vezes sou um erudito. «A memória está directamente relacionada com um sistema cardíaco bem arejado. O resto é importante, mas puramente massa encefálica.». F.Divagação.).Entre outras, estamos todos nós (Filósofos Por Motivo de Força Maior por esse mundo a fora) unidos também nessa pegada visionária, futurista:Para 2055, teremos os seguintes Poderes Institucionalizados no Ocidente relativo aos critérios para a qualidade ou não de vida dos indivíduos a andar pelo o Lar Terra:
O Poder Legislativo;
[...] Na busca e recensão das explicações normalmente encontradas para a crise em que se encontra a economia mundial, de há umas décadas a esta parte, ficamos quase sempre com a ingrata sensação de estarmos permanentemente a reabrir portas, que apesar de aparentemente escancaradas, nos levariam ou a lado nenhum ou a sítios já conhecidos.
Temos assim, em primeiro lugar, as explicações que nos dizem que, em última análise, as causas das várias crises que o sistema tem atravessado (e esta também...) seriam sempre de carácter externo ao próprio sistema. Não, nunca por nunca, por causa da sua lógica intrínseca de funcionamento. Por exemplo, na crise de múltiplos contornos que agora vivemos com mais alguma intensidade, se sobem os preços de «tudo e mais alguma coisa» (designadamente dos cereais e dos combustíveis), a culpa é da China, onde se terá decidido, há uns anos a esta parte, que também eles queriam e tinham direito a níveis de consumo mais elevados. Aumenta a procura, logo, aumentam os preços e portanto
está tudo explicado. Teríamos então assim uma indesejada coexistência de desemprego estrutural (as deslocalizações...) com uma inflação resultante do aumento da procura (por parte dos chineses...), ficando portanto incólume e isenta de quaisquer responsabilidades a
lógica intrínseca do sistema capitalista. Vem de muito longe esta tradição de atribuir as culpas das crises do sistema capitalista a causas primárias que são supostas serem externasao funcionamento do próprio sistema [...].
Já no que diz respeito às ocorrências da crise ao nível de cada país, algumas explicações parecem ser de índole «internalista» (como é o caso da explicações monetaristas), mas em rigor acabam por ser também de carácter «externalista», na medida em que a culpa é facilmente (enfim, já não tanto...) atribuída aos outros (países). É o caso de algumas
explicações relativas às dificuldades de exportações por parte de países da Eurolândia. A culpa é da desvalorização do dólar, que faz com que as exportações cotadas em euros se tornem muito caras... A inflação que vamos tendo na Europa é por causa da «subida dos preços do petróleo». Os preços do petróleo sobem por causa da «guerra do Iraque». Tudo causas externas ao sistema. Se não fossem essas causas«externas», o sistema até que não tinha crises, a não ser de breves conjunturas.De entre as explicações para a crise de índole «monetarista»encontramos também aquelas que tendem a remeter as causas para os factores de decisão endógenos a cada país e depois, aí, para as alegadas ou verdadeiras indisciplinas orçamentais. No pólo oposto do combate ideológico (e científico...) pelo rigor ou
pertinência explicativa encontramos as explicações de carácter «marxista», «estruturalista» ou ainda de tipo «institucionalista». Em alguns destes casos encontram-se referências a fenómenos que estariam na origem das crises em geral e também desta em particular, nomeadamente o «acumular de contradições» ou o «bloqueio do sistema»...
Guilherme da Fonseca-Statter - Mecanismos de formação das crises económicas
Impacto no processo de acumulação
para continuar a ler em Shift, publicação online que acompanha e Monthly Review - edição portuguesa em Zion Edições
Nos últimos tempos têm sido presença nos media alguns politólogos (a maioria do ICS como é o caso do exemplo que trazemos). É a eleição de Ferreira Leite, é a estreia de Rangel à frente da bancada do PSD, tudo merece uma breve entrevista a um punhado de investigadores da política para saber a sua opinião. Eu imaginava que estes politólogos perdiam o seu tempo de uma forma mais estimável reconheço. Também estranho porque se substituem estas opiniões às de jornalistas ou demais comentadores com opinião. Parece uma operação de cleanização. No caso de Pedro Magalhães, ontem convidado mais uma vez a comentar uma sondagem (Católica) para o Jornal 2, a situação ainda é mais caricata. Não só organiza sondagens -critérios, perguntas, abordagens -como comenta e interpreta os dados a partir de uma sensação muito particular em intuição de sexto sentido?). Ex: Os portugues perceberam muito bem que esta crise se insere numa crise global (a crise do petróleo) e por isso sabem que este governo ou qualquer outro pouco ou nada pode fazer.
é possível encontrar um conjunto de depósitos de aterro de idades variadas, que foram sendo aqui instaladas com a ocupação desta área da cidade, nas diferentes épocas históricas. A espessura é variável, muito embora não ultrapasse geralmente os 3m. Subjacente aos aterros encontra-se uma cobertura de materiais de origem aluvionar de espessura variável, que atinge um máximo de cerca de 50m no esteiro da Baixa e menos de 10m na zona do Rossio, onde se encontra a confluência da Ribeira do Rossio e da ribeira de Arroios. Estes materiais são de natureza diversa, sendo possivel encontrar lodos, areias, argilas e misturas destes três tipos litológicos. O substrato miocénico onde se encontravam encaixadas as linhas de água, que ocorre sob os materiais aluvionares,possui uma natureza igualmente diversa. É composto de diferentes formações, com o as "Areias da Quinta do Bacalhau", as"Argilas do Forno do Tijolo", os "Calcários de Entrecampos", as "Areólas da Estefânia" e as "Argilas e Calcários dosPrazeres". Poderemos,por isso, definir para esta área da cidade, três constituintes fundamentais da geologia local: 1.Aterros (materiais recentes); 2.Complexo aluvionar (Holocénico);3.Substrato miocénico.
De forma mais simplificada, estruturalmente, a região poderá ser considerada como um monoclinal, com inclinação de 6º a 10º para SE, dominado fundamentalmente pelas formações tabulares do Miocénico, que assentam sobre terrenos variados com idades desde o Paleogénico, o Neocretácico até ao Cretácico.
Tenho sempre bastantes dúvidas em relação à eficácia deste tipo de iniciativas. Destas e dos abaixo-assinados. É tristemente enfadonho juntarmos o nosso nome a uma lista que será entregue a algum órgão de soberania e deixada aos bichos do papel a amarelecer dentro de um dossier arquivador negro. Uma imagem deprimente do exercício político que nos cabe por direito a todos. Com o folclore das assinaturas e do boletim de voto sancionamos de alguma maneira o sistema que impede o exercício de facto da cidadania, entendida como o governo da polis pelos seus cidadãos. Mas, no matter what, é sempre interessante assistir à tomada de consciência -ainda que no limite dos limites - da importância do poder dos consumidores. E esse poder faz efectivamente empresas mudarem políticas. Seria ainda mais interessante assistir à tomada de consciência de que o nosso estilo de vida -aquele que serviu de mote à invasão do Iraque -não pode continuar sobre rodas. Já que os povos da Europa não conseguiram impedir a(s) guerra(s) quando se juntaram nas ruas, podem ir mais longe para impedir todas as que seguirão. Ir mais longe só pode significar deixarmos de agir enquanto consumidores como cúmplices de um mundo impossível (e por isso só defensável pela via bélica).
Os anos 80 foram uma piroseira danada. Ainda por cima andava tudo em folia adormecida como se o mundo se tivesse transformado numa hipótese viável. De qualquer forma é bom regressar a quase toda a música - não só pelo regresso natural à infância/origens/queijinhos frescos- mas porque, agora como na altura, queremos esquecer as viabilidades encurraladas.
Juntei à doce Lena d`Água mais alguns blogues, a Espuma dos Dias, com quem partilho o amor por Vian, por Dagerman e por Cossery, e alguns amigos que saúdo. O keroppy, o pivôt, o Major Tom.