A capacidade de fazer escolhas foi-te transformando numa comezinha incapacidade de sobreviver. É difícil acreditar que há 34 se fazia Abril. Hoje, quando se conta o dinheiro para comer é mais fácil compreender como se dobra uma geração. Pois o que tudo na juventude pareciam possibilidades inúmeras, quando se sai da faculdade ou da casa paterna, ou da leira dos avós e é preciso pôr o pão nalgum cesto, as possibilidades vão encolhendo à medida do valor pago à hora por cada braço. Para piorar tudo isto, os bancos ficam com o resto que mexe. Despesas de manutenção, anuidade do cartão de débito, anuidade do cartão de crédito, imposto de selo, comissão de processamento (???), aumento da taxa de juro na Europa a estimular as renegociações de crédito com ganhos ainda maiores para o banco. É difícil de acreditar que o país seja isto. Se tenha tornado nisto. Não diferente do que corre pelo resto do mundo, mas bem pior que as expectativas e as capacidades que a conjuntura colocava há 30 ou 10 anos atrás.
Ontem fui à biblioteca nova da antiga faculdade. Construída no tempo em que estudávamos (o que nos valeu ficar sem ela quase três anos) com o dinheiro dos Quadros de Apoio. É fabulosa. É enorme. Mas como o V Império, as paredes da faculdade e da biblioteca são enormes para o que contêm. Não se vê gente, desaparecerem as mesas dos corredores, como se ver gente sentada a ler ou na conversa fosse um atentado à saúde e à circulação. Agora, como antes, veio um livro que não pedi e mesmo neste espaço fantástico os relógios continuam parados como no velho edifício. Para que não nos esqueçamos do nosso mítico destino de partir ou ficar aqui a ouvir fado.
Para celebrar de uma forma justa a data tinha planeado tentar partir a montra de um banco à vinda para casa. Não cheguei a tentar porque tive de fugir de um bando de miúdos que andava a roubar de esticão na Avenida.
Ontem fui à biblioteca nova da antiga faculdade. Construída no tempo em que estudávamos (o que nos valeu ficar sem ela quase três anos) com o dinheiro dos Quadros de Apoio. É fabulosa. É enorme. Mas como o V Império, as paredes da faculdade e da biblioteca são enormes para o que contêm. Não se vê gente, desaparecerem as mesas dos corredores, como se ver gente sentada a ler ou na conversa fosse um atentado à saúde e à circulação. Agora, como antes, veio um livro que não pedi e mesmo neste espaço fantástico os relógios continuam parados como no velho edifício. Para que não nos esqueçamos do nosso mítico destino de partir ou ficar aqui a ouvir fado.
Para celebrar de uma forma justa a data tinha planeado tentar partir a montra de um banco à vinda para casa. Não cheguei a tentar porque tive de fugir de um bando de miúdos que andava a roubar de esticão na Avenida.
1 comentário:
é isto mesmo.
oh pá, sou teu cúmplice voluntário já amanhã.
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