
O Direito à Preguiça
Paul Lafargue
A necessidade de lutar por condições dignas de trabalho levou a que o movimento comunista, de uma forma geral, tenha contibuido para endeusar e mitificar aquilo que longe de libertar continuará a alienar o ser humano: o trabalho. Afinal, poderá haver algo mais humilhante do que ter de trocar a nossa força de trabalho, seja ela qual for, por uma sopa um sistema hi-fi ou um funeral digno? Enquanto tivermos de o fazer seremos, inevitavelmente, seres ridículos e dificilmente felizes. 
Este senhor, ao que parece genro de Karl Marx e membro do Conselho Geral da Associação Internacional dos Trabalhadores e fundador, junto com Friederich Engels (1820-1895), da II Internacional., anteviu a problemática (ele e talvez Kropotkine na Conquista do Pão) e deixou-nos este texto. 
Se, desenraizando do seu coração o vício que a domina e avilta a sua natureza, a classe operária se erguesse com a sua força terrível, não para reclamar os Direitos do Homem, que não são senão os direitos da exploração capitalista, não para reclamar o Direito ao Trabalho, que não é senão o direito à miséria, mas para forjar uma lei de bronze que proíba todos os homens de trabalhar mais de três horas por dia, a Terra, a velha Terra, tremendo de alegria, sentiria saltar nela um novo universo... Mas como pedir a um proletariado corrompido pela moral capitalista uma resolução viril?
Panfleto revolucionário escrito em 1880, publicado no jornal socialista L'Égalité, numa série de artigos entre 16 de junho e 4 de agosto do mesmo ano, editado como brochura em 1881, revisto e reeditado em 1883, voltando a ser impresso em 1898 e em 1900, "O direito à preguiça" teve um sucesso sem precedentes, comparável apenas ao do "Manifesto comunista", tendo sido traduzido para o russo antes mesmo deste último. Possivelmente um dos textos mais lidos na Espanha, antes, durante e depois da Guerra Civil, foi reeditado pela Resistência Francesa, em 1944, e recebeu novas edições sob o patrocínio do Partido Comunista Francês, nos anos 60 e 70. Em 1968, traduzido para quase todas as línguas, foi planfletado pelos movimentos esquerdistas de praticamente o mundo inteiro."
Panfleto revolucionário escrito em 1880, publicado no jornal socialista L'Égalité, numa série de artigos entre 16 de junho e 4 de agosto do mesmo ano, editado como brochura em 1881, revisto e reeditado em 1883, voltando a ser impresso em 1898 e em 1900, "O direito à preguiça" teve um sucesso sem precedentes, comparável apenas ao do "Manifesto comunista", tendo sido traduzido para o russo antes mesmo deste último. Possivelmente um dos textos mais lidos na Espanha, antes, durante e depois da Guerra Civil, foi reeditado pela Resistência Francesa, em 1944, e recebeu novas edições sob o patrocínio do Partido Comunista Francês, nos anos 60 e 70. Em 1968, traduzido para quase todas as línguas, foi planfletado pelos movimentos esquerdistas de praticamente o mundo inteiro."
Sabe-se, hoje, que Lafargue pensara, inicialmente, em intitular seu panfleto como direito ao lazer e, depois, como direito ao ócio. A escolha da preguiça não foi casual. O título original do panfleto foi: O direito à preguiça. Refutação da religião de 1848. Ao escolher e propor como um direito um pecado capital, o autor visa diretamente ao que denomina "religião do trabalho", o credo da burguesia (não só francesa) para dominar as mãos, os corações e as mentes do proletariado, em nome da figura assumida de Deus, o Progresso. Essa escolha é duplamente consistente.
 
 






 "Eu ainda sou dos ingénuos que acreditam poder melhorar a sociedade".
 "Eu ainda sou dos ingénuos que acreditam poder melhorar a sociedade". 


 A ministra da Educação foi escolhida a dedo, undolitá e fica a Maria José Rodrigues. Agora vem dizer e acho que repetir que a culpa do insucesso escolar se deve aos professores. Bem sucedida a pior campanha de difamação da classe profissional de que há memória (nem com a Ferreira Leite!) afinal era preciso preparar a opinião pública para os cortes e ataques a direitos considerados até há pouco tempo invioláveis. Mas já a campanha venceu em quase todas as frentes e a senhora continua, a título desconhecido a fazer considerações da pior espécie. Quem já trabalhou em escolas no ensino público sabe que o insucesso escolar é um problema social grave, problema para o qual docentes têm vindo a chamar a atenção há anos. Entretanto, tanto nos governos ps como nos psd, sairam decretos a facilitar a transição de anos u níveis, como a tentar esconder a vergonha nacional. Mais medidas não se viram ( se considerarmos esta uma medida). Entretanto as escolas hoje podem escolher os seus alunos, sim as escolas públicas escolhem os alunos que entram nos seus estabelecimentos, e existe uma escola secundário do Restelo, por exemplo, com um bom lugar no rankin, que selecciona os alunos pelas notas que trazem de  trás. Há aquelas escolas onde há docentes que apesar do ME ter tornado possível essa aberração não limitam a entrada a alunos comportando-se como uma escola pública. Mas se esta escola ou aquela quiser expulsar um aluno porque apontou uma arma a colegas e professores e porque a sua família veio fazer uma espera a alguns professores o ME pode obrigar a escola a aceitar de volta o menino através dos seus serviços regionais. Penso que fica tudo dito em relação à autonomia das escolas.
 A ministra da Educação foi escolhida a dedo, undolitá e fica a Maria José Rodrigues. Agora vem dizer e acho que repetir que a culpa do insucesso escolar se deve aos professores. Bem sucedida a pior campanha de difamação da classe profissional de que há memória (nem com a Ferreira Leite!) afinal era preciso preparar a opinião pública para os cortes e ataques a direitos considerados até há pouco tempo invioláveis. Mas já a campanha venceu em quase todas as frentes e a senhora continua, a título desconhecido a fazer considerações da pior espécie. Quem já trabalhou em escolas no ensino público sabe que o insucesso escolar é um problema social grave, problema para o qual docentes têm vindo a chamar a atenção há anos. Entretanto, tanto nos governos ps como nos psd, sairam decretos a facilitar a transição de anos u níveis, como a tentar esconder a vergonha nacional. Mais medidas não se viram ( se considerarmos esta uma medida). Entretanto as escolas hoje podem escolher os seus alunos, sim as escolas públicas escolhem os alunos que entram nos seus estabelecimentos, e existe uma escola secundário do Restelo, por exemplo, com um bom lugar no rankin, que selecciona os alunos pelas notas que trazem de  trás. Há aquelas escolas onde há docentes que apesar do ME ter tornado possível essa aberração não limitam a entrada a alunos comportando-se como uma escola pública. Mas se esta escola ou aquela quiser expulsar um aluno porque apontou uma arma a colegas e professores e porque a sua família veio fazer uma espera a alguns professores o ME pode obrigar a escola a aceitar de volta o menino através dos seus serviços regionais. Penso que fica tudo dito em relação à autonomia das escolas. Périplo é o nome de um documentário sobre o Mediterrâneo, a história das suas gentes, feito por Miguel Portas e Claúdio Torres. A ideia parece gira mas dá facilmente para concluir que o Parlamento Europeu deixa muito tempo livre ao único deputado do BE. A questão é: deixará o Parlamento Europeu bastante tempo livre a todos os deputados (inclino-me para esta opção) visto os seus poderes estarem de facto circunscritos a muito pouco ou o Bloco de Esquerda ainda não decobriu que fazer na Europa com este deputado?
Périplo é o nome de um documentário sobre o Mediterrâneo, a história das suas gentes, feito por Miguel Portas e Claúdio Torres. A ideia parece gira mas dá facilmente para concluir que o Parlamento Europeu deixa muito tempo livre ao único deputado do BE. A questão é: deixará o Parlamento Europeu bastante tempo livre a todos os deputados (inclino-me para esta opção) visto os seus poderes estarem de facto circunscritos a muito pouco ou o Bloco de Esquerda ainda não decobriu que fazer na Europa com este deputado?