O camarada Ricardo no seu blog veio ironizar sobre o nosso futuro Premier sobre um discurso que me tem irritado ao longo destes dias. Postei assim:
É bom saber que estamos de acordo. Ainda me há-de alguém explicar porque é que o homem não há-de dar e participar nas festas que quiser e porque é que alguns gajos da esquerda portuguesa, da esquerda que não gosta de ser chamada de esquerda e das outras esquerdas todas e da direita portuguesa que não gosta de santana acham politicamente reprovável que um gajo goste de festas e da noite? Melhor ainda, que goste de ser fotografado para as revistas do "social"? E que use isso para se promover politicamente? Ou são tão beatos que acham moralmente reprovável? Esta malta que é, ela sim, das elites bem pensantes, acha que o funil de acesso ao poder também deve incluir um filtro de "bons costumes". E depois define-os a partir dos seus, com uma grande dose de hipocrisia. É fixe o Miguel Portas distribuir mortalhas para enrolar charros no Bairro Alto para aparecer no Público, mas não é fixe o Santana ir à Kapital beber uns uísques para aparecer na Lux. O senso-comum que guia esses comentários é mesmo muito forte. Qual é a diferença de conteúdo entre o discurso do velho que manda os estudantes trabalhar, que só querem beber cerveja em vez de estudar e por isso devem pagar as propinas todas e o mais que houvesse e o cidadão "engagé" que critica o estouvado do Santana, que gosta é de gajas e de festas e por isso não tem perfil para os altos cargos do Estado?
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