27 julho 2004

O Porto é mais que uma naçon

Segunda visita ao Porto. No menu entrou a Fundação de Serralves, com aquela coisa que o Siza criou que me faz acreditar na existência do belo. É o edifício onde eu gostaria de trabalhar, se algum dia fosse obrigado a gostar de trabalhar. Depois, uma excursão pela Relaçon (gostava de encontrar imagens melhores mas isso excede as minhas competências informáticas), um daqueles museus em que subornam um gajo à entrada para dizer bem à saída - o bilhete é à borla. Desta vez até havia boas razões para lá ir. O edifício tem piada, as exposições iam do Cartier-Bressonismo de dois espanhóis ao fenómeno futebol em fotografias do catálogo Magnum que, aliás, esteve no Goethe Institut, até uma mostra de uma dúzia de paisagens em tons creme com instalação acoplada para ouvir o silêncio das planícies. O mais da visita passou-se em são trekking pelas vielas decadentes de Miragaia, Ribeira, Sé e S. Bento, pelas avenidas burguesas que fronteiam o Parque da Cidade e Serralves e por Santa Catarina, em busca das promoções que me iam salvar a cara no casamento de Sábado. Pelo caminho ainda houve tempo para atascar em Matosinhos com um robalo fresquíssimo, acompanhado por um honesto verde tinto da casa e um pão-de-ló de Ovar com ovo quase líquido, se recordar é viver eu estou a babar-me para o teclado. Já não digo nada do Restaurante/Casa de Chá da Boa Nova (mais um Siza), em Leça da Palmeira, porque entretanto telefonou-me o Bolonhês convocando-me para o Bairro Alto. Voltarei assim que as obrigações mo permitam com mais banalidades de fim-de-semana. 
 

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