Enclausurado numa divisão com dois por dois metros quadrados, sem janelas, a porta fechada, fumava na companhia de mais dez colegas de trabalho. A empresa tinha espaço para dar aos fumadores uma salinha bem maior e com uma janela, mas aqui o que lhes interessava era aproveitar a campanha que faz de um fumador um criminoso corrente para tornar as pausas de trabalho algo insuportável. Caramba, já a pausa era tão pequena, muito menor do que o código do trabalho impunha, o regresso ao trabalho sequenciado veloz e constante bem pediam que uma pessoa bebesse um belo café e fumasse um cigarro de ouro. Um cigarro daqueles, não substituível por mais dias de vida.
E os impostos que pavaga ao Estado de cada vez que comprava um maço será que eram menores daqueles que o Estado ia gastar com ele em saúde. Trabalhar naquele empresa e ser tratado daquela forma também lhe ia dar cabo da saúde, ainda mais rapidamente. E viver em Portugal também mata mas quando preenche a declaração de IRS todos os anos nunca lhe viu nenhum anúncio de prevenção. Ser Português mata, comece a falar outras línguas. Viver em Portugal mata emigre. O Estado português é nocivo ao desenvolvimento do feto, aborte.
2 comentários:
E que tal o seguinte slogan:
"Viver em Portugal mata, então lute pela sua Vida..."
Beijos
Concordo, Rita. É mesmo luta que falta em Portugal.
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