18 maio 2006

La loi de l'immigration choisie

A besta imperialista faz-se receber principescamente para explicar que o contrário nunca será possível.


Sarkozy (pois quem haveria de ser...?) desembarcou hoje em África para uma viagem por vários países, no dia em que a França aprova a lei da imigração escolhida.

A lei? A lei reinstaura os mercados de escravos, já não nos portos africanos, mas nos aeroportos e representações consulares. Dá-se-lhe um ar pretensamente "civilizado" para a ONU ver. Aí, voltam a escolher-se os negros a quem é dada a enorme honra de vir ser explorados em França e trabalhar nas condições que nós bem conhecemos.

A viagem? Na viagem, a besta imperialista faz-se receber com honras de estado no Mali, no Benin e na Libéria. Faz os estados africanos gastar na recepção o dinheiro que o FMI lhes vai chular, e que a população não tem. O propósito da viagem? O negreiro vai à sanzala explicar como funciona a nova lei e as novas formas de escolher a imigração.


E por onde anda Villepin? No Ultramar, pois então! Na ilha da Reunião, província ultramarina francesa, cujos cidadãos são tratados na metrópole como franceses de segunda, e cuja economia se vai mantendo, não graças à metrópole.



Do outro lado da Mancha
as notícias são as mesmas. Em França anuncia-se a política, em Inglaterra obtém-se o resultado.

1 comentário:

Farpas disse...

A tua frase inicial é simplesmente brutal e genial!

"A besta imperialista faz-se receber principescamente para explicar que o contrário nunca será possível."