É preciso ir ver Lisboetas. Este documentário podia fazer-se em qualquer cidade da Europa de Shengen. Os dramas seriam idênticos, mas estes passam-se aqui, na nossa rua. Não são uma novidade mesmo para quem não tenha um amigo que se vê todos os anos envolto no pior pesadelo kafkiano quando é obrigado a renovar o visto. Não sendo algo desconhecido é preciso ir ver como é preciso ver Auschwitz depois de o saber. Se isto é um Homem podia perguntar-se numa das cenas mais fortes em que Sérgio Trèfaut filma as caras de emigrantes que estão a ser atendidos no serviço de estrangeiros e fronteiras. Ali, perante o desenrolar de processos e carimbos e fotocópias e documentos e perguntas impossíveis estão pendurados, não só os vistos e as autorizações de residência ou de trabalho, está à mostra a resposta à questão de Primo Levi. E a resposta serve-nos a todos. Desde os campos de concentração até este guichet.
04 maio 2006
Lisboetas
É preciso ir ver Lisboetas. Este documentário podia fazer-se em qualquer cidade da Europa de Shengen. Os dramas seriam idênticos, mas estes passam-se aqui, na nossa rua. Não são uma novidade mesmo para quem não tenha um amigo que se vê todos os anos envolto no pior pesadelo kafkiano quando é obrigado a renovar o visto. Não sendo algo desconhecido é preciso ir ver como é preciso ver Auschwitz depois de o saber. Se isto é um Homem podia perguntar-se numa das cenas mais fortes em que Sérgio Trèfaut filma as caras de emigrantes que estão a ser atendidos no serviço de estrangeiros e fronteiras. Ali, perante o desenrolar de processos e carimbos e fotocópias e documentos e perguntas impossíveis estão pendurados, não só os vistos e as autorizações de residência ou de trabalho, está à mostra a resposta à questão de Primo Levi. E a resposta serve-nos a todos. Desde os campos de concentração até este guichet.
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