30 novembro 2005

Mãe, pai... não tarda muito vou eu também

O Sarko andou aí uns dias distraído. Deve ter ido visitar a família à Hungria (que é no estrangeiro, por acaso). Já de volta saiu-se hoje com mais umas quantas medidas das do costume, e como tirou férias, hoje foi em catadupa! Nem vou falar de todas em separado, não vale a pena repetir disparates. Quem quiser saber mais, aqui está o link (um dos possíveis).

Com tanta medida para expulsar os estrangeiros, ou até impedindo-os de vir quando ainda estão no país de origem (o que quer dizer que vai actuar como autoridade em país estrangeiro - mais um "copy-paste" do Patriot Act dos EUA), tenho cá a impressão que se ele continua a produzir leis destas a esta velocidade, não tardará muito a expulsar-me a mim também.
Será que é seguro ir passar o Natal a casa?

Aumenta o racismo dos franceses, mas ainda por cima, aumenta também a concorrência (que neste caso se traduz em racismo) entre os próprios imigrantes, na discussão de quem tem "a migalha maior", quem tem a menos má das oportunidades para cá ficar.

Não podemos esquecer a memória/ história deste tipo: os pais, judeus húngaros, têm uma história de esconderijos durante o III Reich, fuga à invasão de Estaline. Deixaram um castelo na Hungria e chegaram a França como refugiados. Foram aceites, acolhidos, integrados. Tiveram trabalho, formação, "direito de solo" para os filhos. Conseguiram restabelecer a posição social que tinham tido na Hungria. Instalaram-se em Neuilly, nos arredores de Paris, um dos bairros mais ricos e chiques da Europa, porque foram aceites, porque foram integrados, porque foram respeitados os direitos ao trabalho, à nacionalidade, os direitos de refugiados.


Sarkozy t'as oublié, tes parents sont étrangers!

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