06 novembro 2005

Décima noite em Paris (e já não só)

A violência nas ruas alastrou a toda a coroa à volta de Paris e a várias cidades francesas.

O governo recebeu ontem alguns jovens de origem magrebina. Mas ou não são jovens desses bairros ou são os improváveis sortudos (sim, depende mais da sorte do que do esforço pessoal) que conseguiram sair do ciclo de miséria.

De resto, não se vislumbra o passo inicial para começar a resolver o problema: demitir quem devia ter saído há muito tempo. Pelo menos desde os mortíferos incêndios em vários prédios em Paris.


No entanto, falta ainda uma nota sobre a noite de hoje e ontem. Começaram ataques a ambulâncias, algumas das quais estavam em serviço. Uma ambulância em serviço está a salvar vidas, pode ser mesmo a diferença entre a vida e a morte do doente. É intolerável matar gente, e sobretudo inocente, em qualquer luta. Não aconteceu, felizmente, mas o ataque a uma ambulância significa essa possibilidade. E isso não é revolução, é descer ao nível Sarkozy, um dos mais baixos que se conhecem.

1 comentário:

Anónimo disse...

E promete durar...

Quando um rastilho se acende perto de um barril de pólvora, as explosões podem suceder-se de forma inimaginável.

Cuida-te e vai dando notícias!