25 outubro 2004

"PCP:o estado das coisas"

No site da Renovação Comunista alguém deixou uma reflexão elaborada e conhecedora do actual estado da questão PCP. Em vésperas de mais um Congresso Eucarístico aconselha-se.
Como quem busca notícias de uma pátria perdida, muitos de nós na diáspora comunista portuguesa mais ou menos acompanhamos o que se vai passando no PCP. É afinal o partido de Manuel Ribeiro, Carlos Rates, Bento Gonçalves, Rodrigues Miguéis, Pável, José de Sousa, Alex, Militão, Bento Caraça, Piteira Santos, Soeiro, Redol, Jofre Amaral Nogueira, Magalhães-Vilhena, António José Saraiva, Maria Lamas, Lopes-Graça, Carlos de Oliveira, José Gomes Ferreira, de entre os já falecidos. Uma máquina de sonhos que amassou em sangue o melhor da esperança, vontade e inteligência de tantos e tantos dos nossos melhores homens e mulheres. Esse partido é naturalmente um património histórico e político que reclamo como meu e sobre o qual exijo contas. Não sendo eu, nessa matéria de património, animado por um espírito fetichista de conservacionismo estrito e puro, interessa-me apesar de tudo ir sabendo do estado da sua actual carcaça perimida. Sempre com uma secreta esperança (que não ouso já confessar a mim próprio) de ver despontar subitamente no “partido” algum lampejo de vida. Sempre com uma grande inquietação de que ele possa ter um fim catastrófico e pouco dignificante. Por qualquer razão, provavelmente uma razão não muito racional, suspeito que o mundo sem o PCP será muito mais árido e rarefeito, um vórtice de impulsos metalizados de uma indiferença lancinante, sem qualquer densidade especificamente humana. Um mundo em que homens e mulheres generosos vão andar perdidos em círculos, procurando desesperadamente o seu “contacto” sem o conseguirem encontrar. Eis algumas das razões que me levaram a ler as teses (projecto de resolução política) aprovadas pelo Comité Central com vista ao próximo 17º Congresso do PCP.

1 comentário:

Al disse...

Olá
Angelo Novo, Angelus Novus, gostava de saber quem é. Mais ao lado diz-se que foi a um debate na cooperativa árvore. Cheguei a pensar q fosse o Zé Neves.
Afinal vocês vão escrever para o Spectrum, ou não?