Depois do comentário que fiz ao post da J. já aqui em baixo, lembrei-me de uma coisa que me anda a chatear à brava desde que nasceu a B., há 4 anos. Quero comprar-lhe brinquedos, de vez em quando, e que sejam educativos. Nada de merdas que lhe metam na cabeça que tem que ser anorexica (Barbies), ou saber passar a ferro, lavar e esfregar (panelas e tachos de brincar e similares). Quero aquelas coisas divertidas e que não lhe toldam logo a cabecinha.
Na minha ingenuidade de trintona, lá ía , obviamente (achava eu) à procura de Legos. Faz-se o que se quiser, constrói-se segundo os modelos ou não, e as personagens ou as histórias das brincadeiras são totalmente a inventar. No meu tempo os Legos ilustravam a vida das pessoas (todas) do campo, da cidade, em épocas diferentes... E as peças eram suficientemente incaracterísticas para permitir a imaginação tomar conta. Quantas discussões não tive cá em casa porque o meu castelo medieval era para o meu irmão uma garagem de carros!
Agora há duas possibilidades: monstrengos horrorosos e já com as peças todas destinadas a um só sítio para rapazes; casas de banho para limpar, tábuas de passar a ferro e cozinhas para as meninas.
Não só as peças não são indiferenciadas, o que não permite usá-las de muitas formas, mas ainda por cima, os meninos têm que ser feios, porcos e maus, e as meninas lindas de morrer e boas donas de casa.
E isto, só para falar dos brinquedos que eram reconhecidamente de qualidade, divertidos, e puxavam pela imaginação!
Na minha ingenuidade de trintona, lá ía , obviamente (achava eu) à procura de Legos. Faz-se o que se quiser, constrói-se segundo os modelos ou não, e as personagens ou as histórias das brincadeiras são totalmente a inventar. No meu tempo os Legos ilustravam a vida das pessoas (todas) do campo, da cidade, em épocas diferentes... E as peças eram suficientemente incaracterísticas para permitir a imaginação tomar conta. Quantas discussões não tive cá em casa porque o meu castelo medieval era para o meu irmão uma garagem de carros!
Agora há duas possibilidades: monstrengos horrorosos e já com as peças todas destinadas a um só sítio para rapazes; casas de banho para limpar, tábuas de passar a ferro e cozinhas para as meninas.
Não só as peças não são indiferenciadas, o que não permite usá-las de muitas formas, mas ainda por cima, os meninos têm que ser feios, porcos e maus, e as meninas lindas de morrer e boas donas de casa.
E isto, só para falar dos brinquedos que eram reconhecidamente de qualidade, divertidos, e puxavam pela imaginação!
2 comentários:
estamos em recessão, não só económica, mas, principalmente ideológica/civilizacional, e no declínio quase tudo o que não interessa ganha novos relevos. E espera até Fevereiro para vermos ainda pior à volta da campanha pela despenalização do aborto.
bem...claro que nem tudo declina...tens mais variedade de brinquedos hoje para oferecer às crianças do que tínhamos na nossa altura. E os fogões ém miniatura fazem as delícias dos meninos e meninas
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