02 dezembro 2005

Sobre a conversa neste momento na RTP:

resta-nos esperar que lhe aconteça o que deseja aos outros.

(«Como nos vamos livrar dos funcionários públicos? Reformá-los não resolve, porque deixam de descontar para a Caixa Geral de Aposentações e diminuem as receitas de IRS. Só resta esperar que acabem por morrer…» Cavaco Silva, Lusa, 28 de Fevereiro de 2002)


Eu sei, não é propriamente o desabafo mais aceitável. Mas caramba! Só não se sente quem não é filho de boa gente, e eu sou filha de uma funcionária pública!

Além disso, um PR é presidente de TODOS os portugueses! Não é posto compatível com o desejo de que uma boa parte deles morra.

3 comentários:

Ant.º das Neves Castanho disse...

Última hora: por razões de coerência, o funcionário público (que o foi, toda a vida) ACS anuncia que vai dar a sua patriótica, corajosa e desinteressada contribuição para resolver o problema do funcionalismo público em Portugal suicidando-se no dia 23 de Janeiro de 2 006!

Helena Romão disse...

Ele era (é?) prof. na Católica. Não sei se foi em mais algum sítio, mas na UCP foi de certeza.

Ant.º das Neves Castanho disse...

Eu também sou funcionário público e tenho profissão liberal.

Não tenho a certeza, mas "cheira-me" a que o Prof. Cavaco, quando foi à Figueira da Foz fazer a rodagem do seu carro, era efectivo no I. S. E. (actual I. S. E. G.).

Seja como for, se o problema da Administração Pública hoje é o que é (e é de facto gravíssimo!), o responsável MÁXIMO é o sô Cavaco, que, após ter antes passado um ano pelo Min. das Finanças (num Governo com maioria absoluta!), governou Portugal durante DEZ ANOS seguidos, tantos quantos foi o presidente do P. S. D., que teve maioria absoluta na A. R. durante OITO anos consecutivos!

O resultado é que todos os males da Função Pública (como os do País, de uma forma geral), se não foram criados neste período crucial da nossa história recente, foram seguramente agravados a um ponto de IRRESOLUBILIDADE!

E é isto que o nosso pobre eleitorado se prepara para esquecer já em Janeiro - para vir a relembrar, amargamente, durante cinco (ou dez!!) anos, logo a partir de... FEVEREIRO???

Não posso crer...