16 dezembro 2005

Não deve haver 50%

Your Brain is 60.00% Female, 40.00% Male

Your brain is a healthy mix of male and female
You are both sensitive and savvy
Rational and reasonable, you tend to keep level headed
But you also tend to wear your heart on your sleeve

What Gender Is Your Brain?

15 dezembro 2005

Presidenciais no estrangeiro - informação

Nestas Presidenciais, os portugueses deslocados no estrangeiro temporariamente vão poder votar por correspondência nos consulados. Até agora só podiam votar os residentes, e para se tornar residente é preciso mudar o BI, o cartão de eleitor, ter provas de residência fixa, etc... Mas agora já não é assim, pelo menos nas Presidenciais.

Basta dirigirmo-nos ao Consulado mais próximo com o BI, o cartão de eleitor, e uma declaração de uma entidade que justifique a deslocação (a instituição que financia a bolsa no caso dos bolseiros, por exemplo).

A votação vai decorrer nos dias 10, 11 e 12 de Janeiro (segundo uma informação hesitante da senhora do Consulado cá do burgo).

Confirmem junto dos consulados do local onde se encontrem.
E votem! De preferência bem, mas sobretudo, votem!

Estereótipos





Your Brain is 40.00% Female, 60.00% Male



You have a total boy brain

Logical and detailed, you tend to look at the facts

And while your emotions do sway you sometimes...

You never like to get feelings too involved




E é assim que uma pessoa chega aos trinta anos e descobre que afinal é homem!

Tudo isto porque quem faz os testes não sabe que uma conversa suficientemente longa dá para falar da vida própria, da vida alheia e da política, e obriga-nos a escolher uma só hipótese!
Sim, onde é que já se viu uma tipa que lê o jornal em vez da Vogue?

Esta coisa dos estereótipos é tão absurda...

Abusos

Hoje face a um crime daqueles de natureza inexplicável os media divulgavam o nome completo da vítima bebé. A vítima não podia ser mais vulnerável. Não bastava o crime e as suas ainda imprevisíveis consequências temos ainda a devassa tablóide a violar os elementares direitos de uma pessoa. Catarina, Joana, Manuel, Antónia, Fátima, é uma coisa. O nome completo é outra bem diferente, com todas as implicações imagináveis no crescimento e futura vida desta bebé. Inacreditável a preocupação dos jornalistas em saber se às autoridades competentes é imputável responsabilidade enquanto da sua não cumprem a mais elementar.

13 dezembro 2005

Reacção a quente:

Ora aqui está um homem sem papas na língua! Muito bem!
A verdade é para ser dita assim.


O Xô Silva nem com o modelo de "debate" imposto por ele próprio se safa! A única coisa que se aprende com ele é que a D. Maria passa a vida a rir-se lá em casa... Como disse o Jerónimo de Sousa, uma nódoa. E como diria a Ana Drago, venha a benzina!

Assassinado

O sistema judicial americano e os seus actores assassinaram hoje mais um homem. Apesar de todos os esforços de milhares de pessoas, o governador exterminador não aceitou comutar a pena de Tookie, que morreu hoje barbaramente assassinado com uma injecção letal.

Sem culpa formada, sem julgamento justo, apesar de provas de inocência apresentadas. Com um texto que tem como base o testemunho de um outro condenado (que com a acusação teve a sua pena reduzida), Schwarzennegger recusou o pedido de clemência. Chega mesmo a dizer o assassino que, dado que a violência dos gangs continua, o trabalho de Tookie não resulta e não há portanto motivo para o manter vivo.

Não há provas de que Tookie tenha alguma vez morto alguém. Não sabemos se era assassino, mas sabemos do seu trabalho pela Paz.
Quanto a Schwarzennegger, não há qualquer dúvida de que é um assassino, a prova foi redigida pela sua própria mão quando mandou executar a pena de morte.

Na prisão onde Tookie foi executado estão 651 homens à espera de morrer.
Um Estado carniceiro não pode reivindicar Democracia!

12 dezembro 2005

SALVAR O TOOKIE!

Volto a publicar este post hoje, último dia para salvar o Tookie.
Amanhã saberemos se há na Califórnia um exterminador implacável ou um governador.
As provas de inocência parecem multiplicar-se e continuam a aparecer.

O actor/governador Schwarzennegger condenou o Tookie à morte. Aprovou a sentença e até agora não lhe deu o indulto.

E este Homem, desde que foi preso e deixou a vida do gang, tem lutado para acabar com os gangs americanos, para levar esses miúdos para outra vida. Chegou já a ser nomeado para o Nobel da Paz. E está para morrer pelas mãos do facínora Schwarzennegger, num país cujas leis são criminosas.

Mais uma vez, o que parece é que têm medo, pavor dessa gente que se entrega a causas, à Paz, à Humanidade.

Vão assinar. Todos.
Vão mesmo! São 5 minutos!

09 dezembro 2005

Imigração no debate

Espera lá, já não sei quem é aquele tipo do debate. Então o Le Pen já fala português? O Cavaco aprendeu a fazer tradução dos discursos do Le Pen de francês para português?

"Os portugueses arriscam-se a ficar em minoria"?
Ora aqui está o fascismo expresso e declarado. O tipo está a apelar à animalidade e à desumanidade. E este será o retrato do país que votar nele. Como o retrato da França de 21 de Abril de 2002.

Ora toma, que já levaste!

"Quero dizer-lhe directamente porque é assim que devemos falar"

Francisco Louçã, 9 Dez. 2005
Debate Presidenciais, TVI

E ainda agora começou! É assim mesmo que se faz quando o modelo de debate foi ditado por um candidato (CS) contra a opinião expressa outros 2 candidatos (pelo menos até ao momento).

Porque debate é debate!

08 dezembro 2005

Salvar o Tookie!

Parece um filme, mas é a dura realidade.

O actor/governador Schwarzennegger condenou o Tookie à morte. Aprovou a sentença e até agora não lhe deu o indulto.

Nem seria preciso discutir se é culpado ou não. Pura e simplesmente não se mata um homem. Mas ainda por cima, neste caso não parecem haver provas conclusivas de que seja culpado. Claro que bem à americana, primeiro morre (até porque é negro) e depois logo se vê.

E este Homem, desde que foi preso e deixou a vida do gang, tem lutado para acabar com os gangs americanos, para levar esses miúdos para outra vida. Chegou já a ser nomeado para o Nobel da Paz. E está para morrer pelas mãos do facínora Schwarzennegger, num país cujas leis são criminosas.

Mais uma vez, o que parece é que têm medo, pavor dessa gente que se entrega a causas, à Paz, à Humanidade.

Vão assinar. Todos.
Vão mesmo! São 5 minutos!

Uma pequena(?) vitória

Hoje o Sarko teve anular uma viagem às províncias ultramarinas (esta expressão não vos põe a tremelicar?) francesas.
E já dizia "a outra senhora": "Não, já não são colónias. Deixámo-nos disso, já não somos colonialistas. São províncias ultramarinas".

Bom, prosseguindo. As manifestações e os protestos anunciados eram tantos, que ele teve que ficar em casa! Só o facto de terem conseguido obrigá-lo a mudar a agenda e mostrar a humilhação a todo o país, já é uma vitória!

Em questão está uma lei aprovada em Fevereiro, segundo a qual são retirados dos manuais escolares de toda a República (ultramar incluído) todas as referências negativas ao período esclavagista e colonialista. Ou seja, inventaram umas vantagens para lá pespegarem, como a mestiçagem, a integração de culturas diferentes (cof, cof), e pronto, a partir de agora, para todos os francesinhos das escolas, a França é o paraíso na Terra e nunca cometeu crimes!

Claro que isto foi mal aceite na metrópole; mas nas próprias colónias, nas terras onde perdura a memória (não tão longínqua) da escravatura, está-se a ver, não é?

Ainda a propósito, esta carta aberta de dois escritores da Martinica ao dito cujo vale a pena ser lida.


Sarkozy t'as oublié, tes parents sont étrangers.

Uau, que orgulho!

Um banco português numa série americana!

Para estes meninos esta acusação deve ser humilhante. Sim, para quem já colaborou a sério com os nazis, esta coisa dos grupos terroristas deve ser uma brincadeira de crianças!

O mais estranho é vermos como esta gente continua a operar impunemente, sob a capa de uma instituição financeira "normal"! Como é que gentalha desta está à solta mais os seus carrões e palácios pagos com sangue?


02 dezembro 2005

Sobre a conversa neste momento na RTP:

resta-nos esperar que lhe aconteça o que deseja aos outros.

(«Como nos vamos livrar dos funcionários públicos? Reformá-los não resolve, porque deixam de descontar para a Caixa Geral de Aposentações e diminuem as receitas de IRS. Só resta esperar que acabem por morrer…» Cavaco Silva, Lusa, 28 de Fevereiro de 2002)


Eu sei, não é propriamente o desabafo mais aceitável. Mas caramba! Só não se sente quem não é filho de boa gente, e eu sou filha de uma funcionária pública!

Além disso, um PR é presidente de TODOS os portugueses! Não é posto compatível com o desejo de que uma boa parte deles morra.

Um dia atrasado

Eu não tinha pensado fazer um post sobre a Independência. Mas depois de ter dado a minha voltinha bloguística de ontem, percebi que vai ter que ser. É que tanta espanholice aguda já irrita! Será que as pessoas não pensam no que escrevem, não medem as consequências?

O texto começou como uma resposta a estes rapazes, e tendo crescido muito, decidi publicá-lo cá em casa.

Muitas pessoas olham para Madrid, vêem riqueza e prosperidade, e acham que Lisboa seria, em caso de dependência, uma nova Madrid.

Isso é só falta de capacidade de entendimento e julgamento. Basta ver como lutam ainda hoje os bascos por uma coisa tão simples como falar a sua língua! Parece que as pessoas não se dão conta do que seria ter que dispensar dias, meses, anos da sua vida a lutar para poder falar português (que seria votado ao estatuto de dialectozeco, não esquecer...).

Mais, vale a pena olhar para algumas cidades, nomeadamente no país Basco e na Galiza. São pobres; estão cuidadas, mas apenas dentro das possibilidades. A população, nas ruas, tem um aspecto pobre; raras pessoas andam cheias de sacos de compras das grandes lojas como se vê em Madrid.

E depois, ainda nos sujeitaríamos ao que aconteceu na Galiza quando foi o desastre do Prestige, cada vez que precisássemos do governo central. Durante semanas, já com observadores internacionais nas praias a ver o crude, a filmá-lo e transmiti-lo para o Mundo, o sr. Aznar continuou a dizer que era tudo imaginação e que não desbloqueava nem um cêntimo.

Estes seriam os retratos de Portugal se pertencesse a Espanha. Eles capital já têm e não consta que pudessem ter duas. Lisboa seria apenas mais uma cidadezinha de província, e o resto do país seria a província da cidade provincial.

Portugal está mal, está pobre, mal gerido. Mas a culpa é nossa, dos eleitores e dos cidadãos, tanto quanto o remédio está nas nossas mãos. Em Espanha, os nossos votos contariam 1/5 do total. O futuro do país nunca dependeria de nós. Independentes, somos donos do nosso destino.
Não vale de nada queixarem-se que o país vai de mal a pior, se os eleitores continuam a não votar, ou votar para o manter exactamente nessa rota.
E pertencer a Espanha (ou a qualquer outro país) não seria solução, enquanto as pessoas não perceberem que as eleições fazem parte da cidadania (e até isso parece ser difícil de entender...), mas principalmente, que um cidadão é muito mais do que um eleitor.

01 dezembro 2005

Congratulations, Mr. Bochmann!!!


O professor Christopher Bochmann vai ser hoje condecorado pela Rainha Isabel II.

Trata-se do compositor e professor da Escola Superior de Música de Lisboa (e antigo director), maestro, mas sobretudo do sábio e pedagogo.

Só de me lembrar, ainda fico impressionada com as aulas de composição dele. Era capaz de me recomendar a consulta de qualquer partitura da biblioteca, com o número de compasso e a página, de cor! E se houvesse piano por perto tocava a passagem que fosse preciso também de cor!

Como viveu em vários países de culturas muito diferentes, é uma pessoa de cultura vasta e espírito muito aberto. É assim uma mistura entre rigor inglês e improviso português. Acho que não deve haver nenhum aluno de composição da ESML que não tenha uma história engraçada passada numa aula dele.

Eu e muitos dos meus colegas estamos espalhados pelo Mundo em diversas escolas; viemos todos da ESML, onde tivemos uma preparação de alto nível graças aos professores que tivemos, entre os quais o Professor Bochmann.

Este é o lado humano. O currículo formal está espalhado pela internet: aqui, por exemplo.

E agora, passamos a tratá-lo por Sir?