Uma máquina Delta imponente e luminosa na sala de espera do atendimento do Hospital inquietava. Muito mais alta que qualquer de nós, ecrán tátil, com as escolhas vibrantes. Intimidou-me, a mim e à senhora que esperava atrás, partilhei com ela a sensação de ter ouvido um moinho a moer os grãos antes de ser vertido o líquido aromático para o copo miserável de plástico. Com as nossas máscaras não sei se ela percebeu, acho que não, estava nervosa como eu em saber se seria capaz de lidar com a tecnologia. Nada a assinalar a não ser ter conseguido a bica antes de mergulhar no mundo dos exames à retina que me iam atirar para uma visão desfocada do mundo por tempo indeterminado.
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