Isaltino Morais foi condenado a sete anos de prisão e a perda de mandato. Ver a notícia no Público de hoje. Foi também condenado a pagar cerca de 500 mil euros de indeminização ao Estado. Pergunto-me se esse valor pode compensar de alguma maneira a ausência completa de planeamento e gestão do território no imenso concelho de Oeiras, durante tão longo período? Viver dos dinheiros das licenças de loteamento, enriquecer a Câmara e o bolso do Presidente de forma tão descarada e continuada como no caso de Isaltino de Morais tem, como é fácil de calcular, efeitos não só na sustentabilidade/credibilidade do sistema democrático (político/autárquico) mas também de forma ainda mais grave, consequências práticas na qualidade de vida de todos. Casas de má qualidade, casas construídas em sítios sobrelotados, casas que vão trazer problemas em termos ambientais. Alguém se lembra de um deslize de terras aqui há um mês junto à ribeira de Algés? E de umas engenheiras da Câmara que ficaram "soterradas até aos joelhos" (ipis verbis na televisão SIC) quando foram averiguar o acidente? Ainda lá está, tudo parado, a rua fechada (um rua em que já foram mudados as pedras do passeio e o alcatrão um par de vezes em menos de 10 anos!) as máquinas. Todos a pagar o engenho e arte de uma obra mal feita, consequência de outras iguais, construção em altura sem medida de várias torres no leito de cheia da mesma ribeira (que desagua na do Jamor). Estas histórias estão por todo o país certamente, da terra mais pequena à capital de distrito ou do país. É muito bom ver a justiça a funcionar célere. Quatro anos quando um recurso a meio fez voltar o processo ao início. O recurso de Isaltino fez suspender a sentença. Esperamos todos- Manuela Ferreia Leite em primeiro lugar como candidata ao lugar cimeiro do governo - que os recursos não sirvam, como serviram a Leonor Beleza, para estragar mais ainda o país. Isaltino preso é o prenúncio do fim da crise.
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