11 agosto 2009

Ardem mal mas cortam-se bem

"Verificando-se que editoras nacionais estão a proceder à desativação comercial dos livros não esgotados mediante a sua destruição, e que esta hipótese é igualmente contemplada pela editora do Estado português, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, o MIL: MOVIMENTO INTERNACIONAL LUSÓFONO considera isto um escandaloso crime de lesa-património, que vai fazer desaparecer muitos milhares de volumes preciosos da nossa cultura que, apesar do seu valor, não tiveram sucesso comercial junto do grande público.
Perante esta situação, o MIL apela a todos os cidadãos que assinemesta petição, exigindo que as editoras nacionais, e em particular aImprensa Nacional - Casa da Moeda, não destruam as obras em questão,oferecendo-as antes às bibliotecas, escolas e centros culturaisnacionais, aos leitorados de Português e departamentos onde se estudea Língua e a Cultura Portuguesas nas universidades estrangeiras, bemcomo às universidades e centros culturais dos países lusófonos. Paratanto, os Ministérios da Cultura, da Educação e dos NegóciosEstrangeiros (este através do Instituto Camões), bem como a TAP AIRPortugal, devem-se articular com as Editoras na estratégia dadistribuição e transporte dos livros a nível nacional e internacional.
Em vez de se destruir património precioso e insubstituível, esta é umaótima oportunidade de se prestar um serviço à cultura e à educaçãonacionais, bem como de promover a cultura portuguesa no espaçolusófono e no mundo, tarefa por todos reconhecida como fundamental naqual o Estado não se tem empenhado devidamente."

PARA ASSINAR:http://www.gopetition.com/online/28707.html
Mesmo tratando-se de títulos com sucesso comercial, com procura garantida mas não de forma intensa e constante, verifica-se a mesma situação, os livros são simplesmente desfeitos e nem uns mieráveis exemplares sobram para satisfazer uma encomenda tardia. Tudo em nome da economia e da boa gestão cegas, o custo de uma prateleira cheia durante um ano é superior a poder vender a meia dúzia de livros guardados na dita. É tenebroso mas é verdade. Há uns tempos consegui reunir as condições de adquirir um livro técnico sobre construção e arquitectura tradicional portuguesa. Um trabalho exímio, feito por especialistas e procurado dentro de áreas diferentes (arquitectura; engenharia, antropologia, etc.). O que encontrei, em vez do livro, foi o relato da destruição de muitos exemplares desse livro que passou a contar como indisponível.

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