A democracia é uma chatice, ter de encontrar o ponto de equilíbrio entre tantas opiniões é uma maçada. Nunca mais saimos deste embróglio e como Portugal tem fama de marcar -especialmente com um sorriso vital para a fotografia - a agenda internacional José Sócrates quer fazer justiça não só à fama de Pinóquio que corre nas manifestações de trabalhadores que o acompanham mas ao legado pátrio de participar nas tristes misérias na história do mundo. Podemos assumi-lo, enquanto país pobre e pequeno estaremos sempre mais sujeitos a dobrar a espinha em contorcionistos fantásticos e enternecedores.
Prometeu um referendo sobre a contrução da Europa. Desconhecemos os conteúdos da nova proposta de Tratado. Se há uma crise política na Europa não é concerteza com o afastamento dos cidadãos das decisões que se encontrará o caminho para fora dela.
4 comentários:
Era uma missão impossivel, o sim estava condenado. Se as pessoas não vão votar por algo bem mais simples...eu imagino a dificuldade mesmo para nós de ler e comprender todas as implicações, diabolico. É uma fuga para a frente!Ou para trás, depende das perspectivas. Beijo
Os franceses discutiram a proposta de Tratado Constitucional, e penso que isso os aproximou da Europa, apesar do voto, porque pensaram o projecto europeu e o seu papel nele. Não sei porque estaremos menos capazes. Nessa perspectiva ainda o estamos menos para eleger deputados e programas.
E se o sim está condenado que não haja tratado algum né?
bjs
Em França, o debate tambem deixou a desejar com cartazes do canalizador ucraniano e muita gente a defender o não por razões diferentes e às vezes pouco conciliáveis entre sim. Não tenho informação suficiente para defender um não ou um sim, nem que seja melhor não ter um tratado. Sim devia ser discutido, mas a abstenção ao referendo iria provavelmente tornar-lo inválido ou como um indicador não decisivo.
Sim, mas não podemos simplesmente não referendar qualquer coisa com medo que ela não seja aprovada. Ter medo da democracia porque ela permite todas as avantesmas perigosas de se manifestaem parece-me um mau princípio. Pensar que devemos ser todos especialistas de direito internacional para pensar em questões políticas também.
Não precisamos de pensar muito para pensar na Europa que está por construir. A económica já está. Falta a outra, a social e a política.
A abstenção ganhadora só daria ao tratado a legitimidade democrática quase igual a alguns governos por essa Europa fora, e isso não impede que nos governem. Têm é uma legitimidade que os devia obrigar a reflectir.
O não referendo a este tratado no nosso país só pode significar o ainda maior afastamento dos cidadãos deste projecto político com tudo o que tem de nocivo quando a comunidade se afasta da política. E depois, nunca em Portugal se referendou nada sobre Europa. Nem entrada, nem moeda única nem nenhum tratado. Não se pode menorizar permanentemente e desresponsabilizar o povo sob pena de nos menorizarmos de facto de de nos estarmos a borrifar
Jó
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