Dois catedráticos nocivos: Correia de Campos e Carlos Pereira da Silva
Os corpos docentes das universidades são, historicamente, cristais de conservadorismo e pedantismo. No passado, grande parte das criações do pensamento humano ou os contributos para o desenvolvimento técnico ou tecnológico passaram ao lado da universidade e, pior do que isso, sob a desconfiança, o desdém ou a oposição dos catedráticos auto-ungidos como donos do saber. Hoje em dia, seria injusto esquecer todos os jovens que desenvolvem projectos de investigação em algumas universidades portuguesas e que, em regra, só encontram saídas profissionais fora do país. Bem como seria injusto esquecer alguns núcleos de pesquisa científica nas universidades portuguesas. Os catedráticos dão poucas aulas, não investigam, dedicam-se ao controlo das instituições, à consultadoria (nas quais são recém licenciados ou os seus mestrandos que trabalham) e por isso encontram tempo suficiente para conspurcar os jornais com opiniões tautológicas ou imbecis; mas, às quais, os media atribuem a credibilidade por virem de quem vêm. Pulula ainda nas universidades um vasto conjunto de biscateiros, quadros de empresa, deputadecos e mandarins avulsos que arredondam o rendimento com umas aulas dadas à pressa, sem preparação, em escolas, na maioria, entre as de menor gabarito. Alguns, porém, procedem a atitudes anti-científicas para servir as suas ideologias reaccionárias e ficarem bem na fotografia perante os interesses económicos que deles se servem. São os casos dos dois elementos citados no título; um, é a metástase socratóide na área da saúde e o outro, é normalmente consultado pelos media como especialista de segurança social. Campos, foi presidente da Comissão para o Livro Verde para a Segurança Social e o outro, relator da mesma. Campos tem-se destacado por um agressivo e sádico economicismo, quando atinge a população mais pobre com restrições várias no acesso a consultas médicas e a medicamentos, fecha maternidades... Pereira da Silva foi nomeado (por Guterres) presidente do Instituto de Gestão dos Fundos de Capitalização da Segurança Social mas saiu quando viu que não poderia utilizar o dinheiro dos trabalhadores no casino da bolsa, no mercado de capitais. Ressentido por tal incompreensão engrenou recentemente no Compromisso Portugal, onde encontrou uma nobre audiência, dirigida por esse campeão da evasão fiscal, António Carrapatoso. Cabe agora demonstrar a desonestidade intelectual dos dois lentes, que subscrevem, no referido Livro Verde, os seguintes dislates técnicos:
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