18 novembro 2010

Nem Nato nem Patronato


A aplicação de medidas de "excepção" na livre circulação no espaço Shengen ou no espaço na UE é um ataque aos princípios fundamentais da existência da própria União Europeia. O impedimento da entrada no país imposto hoje a mais de 30 pessoas que se dirigiam a Portugal (a narrativa da segurança interna é semelhante à narrativa de Guantanamo, do Patriot Act) demonstra o grau de violência que a NATO significa e implica todo o mundo. Se houvesse dúvidas sobre a cedência de regimes democráticos ao seu discurso belicista e intervencionista em prol da segurança mundial, deviam ser desfeitas no momento em que no interior desses regimes se acaba com a liberdade de manifestação, com a liberdade de circulação. Os fins não justificam os meios. Essa foi uma lição dura que a história do século XX demonstrou abundantemente da forma mais atroz. Nazismo, Estalinismo, Dresden, Hiroxima, Nagazaki, julgamentos de Nuremberga, os milhões de mortos causados pela Guerra Fria (dezenas de vezes mais que numa II Grande Guerra). Os fins não justificam os meios. Não há paz sem democracia, não há democracia com encontros da NATO, não há paz com a NATO.

1 comentário:

Helena Romão disse...

Bom, a técnica cá de casa para trazer coisas subversivas do estrangeiro, como essas coisas perigosíssimas que eram as máquinas de calcular, era esconder tudo na roupa suja.
Podem apreender, mas vão ter que remexer nas cuecas sujas!

Não entendo, não entendi quando a Espanha fez o mesmo. Acho que deveria haver união com as pessoas a quem a entrada foi proibida para pôr o estado em tribunal. Não sei bem como se poderia organizar tal coisa, mas deveria ser feito.