25 setembro 2009

Ainda nos programas eleitorais



"12. CANCELAMENTO DA CONSTRUÇÃO DAS BARRAGENS
DO RIO SABOR, TUA E FRIDÃO


A barragem prevista para o Rio Sabor, o último rio selvagem em Portugal, é irrelevante para a produção de energia eléctrica, não serve para o abastecimento humano ou para a irrigação de campos agrícolas, não terá um contributo visível no cumprimento das metas nacionais estabelecidas no Protocolo de Quioto nem sequer serve para a regularização dos caudais do Douro. Deve ser por isso cancelada. O mesmo se aplica à barragem do Tua, que destruirá uma linha férrea histórica e uma paisagem única, e à barragem do Fridão, que afecta gravemente a população de Amarante. in programa eleitoral do BE, p.75


Talvez seja pouco este enunciado, conviria aprofundar as questões da energia e da necessidade ou não da construção de barragens. Conviria enunciar que a organização e planeamento do território tem de ser feito por todos (a comunidade) e não vir dirigido de um gabinete. Como ficámos a saber desde Côa não há empreendimentos insubstituíveis. E o Vale do Tua não devia estar integrado na paisagem património mundial que é o Douro Vinhateiro?

23 setembro 2009

II Colóquio«Os Comunistas em Portugal - 1921-200»

25 e 26 de Setembro de 2009
Biblioteca-Museu República e Resistência
Espaço Cidade Universitária - Rua Alberto de Sousa, n.º 10 A, Zona B do Rego
1600-002 Lisboa
Sexta-feira, 25 de Setembro

17h30 APRESENTAÇÃO E ABERTURA DOS TRABALHOS

17h45
António Monteiro Cardoso / Investigador do Centro de Estudos de História Contemporânea Portuguesa do ISCTE e professor da ESCS do IPL
Desertar ou ficar. Os comunistas e a incorporação no exército colonial

18h15 Paula Godinho / Departamento de Antropologia e Instituto de Estudos de Literatura Tradicional da da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
Alpiarça, 1950 - Entre configurações de classe, a «propaganda subversiva» eo instante duma bala

18h45 DEBATE


19h15 Sónia Ferreira / Investigadora, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas / CRIA da Universidade Nova de Lisboa
As invisibilidades da resistência no feminino: um estudo de caso

19h45 Miguel Cardina / CES - Centro de Estudos Sociais, Faculdade de Letras
da Universidade de Coimbra
A extrema-esquerda no Estado Novo: tortura, silêncio e memória

20h15 António Paço / Jornalista e historiador
Cunhal e o PCP durante o período da II Guerra Mundial

20h45
DEBATE // ENCERRAMENTO DO PRIMEIRO DIA DOS TRABALHOS
Sábado, 26 de Setembro

10h00 REINÍCIO DOS TRABALHOS

10h15 João Paulo Monteiro / Editor de O Comuneiro
Há um marxismo português? A influência das ideias socialistas em Portugal

10h45 João Madeira / Investigador do Instituto de História Contemporânea
O PCP, as Jornadas de Maio de 1962 e as «condições indispensáveis para o levantamento nacional»

11h15 José Manuel Lopes Cordeiro / Universidade do Minho
O combate do PCP ao «esquerdismo»: «O radicalismo pequeno-burguês de fachada socialista» revisitado

11h45 Ricardo Noronha / Investigador do Instituto de História Contemporânea
O 28 de Setembro

12h15 DEBATE
13h00 PAUSA PARA ALMOÇO

15h00 José Neves / Historiador, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
Comunismo e nacionalismo económico em Portugal

15h30 Raquel Varela / Investigadora do Departamento de História do ISCTE
Nacionalizações: controle operário ou salvação do capitalismo?
Estudo do caso das nacionalizações na Revolução portuguesa de 1974-75

16h00 DEBATE

16h30 António Barata / Membro do colectivo «Política Operária»
As políticas de frente popular

17h00 Ana Barradas / Membro do colectivo «Política Operária»
Caderno inédito de Francisco Martins Rodrigues sobre os primórdios do Partido Comunista

17h30 DEBATE

18h30 Encerramento dos trabalhos.

Organização: Política Operária, com a colaboração da Biblioteca-Museu República e Resistência.
Contactos: abarradas@netcabo.pt; penagomes@sapo.pt; baratantonio@hotmail.com; Telef. 214713129, Telem. 936094996, 960135270.
Estará disponível numa banca de publicações o último livro das Edições Dinossauro, Lutas Velhas, Futuro Novo, com algumas intervenções do I Colóquio.

22 setembro 2009

Terminou o reinado de José Manuel Fernandes

José Manuel Fernandes exagerou. Não tem feito outra coisa nos últimos anos mas a duas semanas das eleições e com golpes tão baixos revela um à vontade que só encontra explicação na posição de enorme poder que lhe tem sido dada. Demitir-se é o mínimo.
"(...) Noutras crónicas, o provedor suscitou já diversas observações sobre procedimentos de que resulta sempre o benefício de determinada área política em detrimento de outra – não importando quais são elas, pois o contrário seria igualmente preocupante. Julga o provedor que não é essa a matriz do PÚBLICO, não corresponde ao seu estatuto editorial e não faz parte do contrato existente com os leitores. É pois sobre isso que a direcção deveria dar sinais claros e inequívocos. Não por palavras (pois a coisa mais fácil é pronunciar eloquentes declarações de isenção), mas sim por actos." Provedor dos Leitores do Público, 20 de Setembro de 2009.

17 setembro 2009

Usos da memória:a «marca Portugal» no jogo das identidades



debate 17 de Setembro 5.ª feira 21h30

O passado histórico português tem sido alvo de inúmeras e distintas apropriações. As lutas pelas memórias da nação, tanto no âmbito da discussão académica como no desenvolvimento de debates políticos e ideológicos, suscitam interpretações do passado muitas vezes realizadas em nome de projectos contemporâneos de sociedade. No número de Setembro de 2009, o Le Monde diplomatique – edição portuguesa publicou um dossiê que pretende realizar um exercício crítico sobre estes «usos da história» que, longe de se confinarem a debates restritos, se projectam sobre formas generalizadas de entender e interpretar o mundo. Com o objectivo de aprofundar a reflexão sobre esta temática convidámos os autores dos quatro artigos que integram esse dossiê.DebateUsos da memória: a «marca Portugal» no jogo das identidades.
Com a participação de Diogo Ramada Curto, João Luís Lisboa, Miguel Jerónimo e Nuno Domingos. O debate terá lugar na zona do bar do Instituto Franco-Português (Av. Luís Bivar, 91 - Lisboa), no dia 17 de Setembro, quinta-feira, às 21h30.
A partir dos artigos sobre o tema publicados na edição de Setembro do Le Monde diplomatique - edição portuguesa: «A memória dos descobrimentos, da expansão e do império colonial, de Diogo Ramada Curto; «10 notas sobre os conflitos no tempo», de João Luís Lisboa; «As marcas de Portugal: ensaios sobre o esquecimento», de Miguel Jerónimo, e «Memória nacional e cultura mediática», de Nuno Domingos.

16 setembro 2009

Domigos Lopes deixa pcp

Vem hoje no Público. As críticas são conhecidas, não trazem nada de novo a não ser a curiosidade em saber se para Domingos Lopes todas as questões que enumera e com as quais disside da direcção actual do PCP eram suportáveis desde que se mantivesse candidato ao Alandroal. Ou o não ser candidato ao município foi a gota de água num processo de perseguição interna que faz parte do projecto político de depuração estalinista de que Jerónimo tem dado a cara, tão simpática para os opositores e comunicação social quanto inofensiva? Luísa Mesquita e Isabel do Carmo foram há quanto tempo?
Se fossem militantes novos ou sem grande experiência de militância voluntária ou profissional eu compreendia que acordassem um dia destes para o falso centralismo democrático ou para a estalinização do partido, assim é difícil. Tem estado Domingos Lopes a lutar furiosamente dentro do Partido para fazer vencer a sua visão sobre a Primavera de Praga? Tem estado à espera que os mortos ressuscitem?
Para alguma remissão Domingos Lopes escreveu sobre a viragem para trás que constituiu o XVI Congresso, também no Público.

14 setembro 2009

Um pequeno passo para os animais, um grande para a humanidade

14. PROMOÇÃO DO RESPEITO PELOS ANIMAIS
(...)
A responsabilização dos seres humanos pelas suas relações com outras espécies animais não pode ser nem antropocêntrica (considerando apenas interesses de forma parcial e especista), nem fetichista pelo sofrimento dos animais (chegando a ignorar a exploração dos próprios humanos). A exploração pecuária mostra uma outra face da realidade do modelo capitalista. Na União Europeia, cada cabeça de gado é subsidiada em mais de 2 euros por dia. Este valor excede o rendimento diário de dois terços da população mundial. Nada justifica tal custo: o consumo de carne em Portugal é excessivo, a produção de gado é a principal causa da desertificação e da poluição dos rios e contribui mais para as alterações climáticas que o sector dos transportes. Se a roda dos alimentos aconselha a que 5% das calorias que se ingerem venham da carne, peixe e ovos e se em Portugal a dieta real atinge os 15% nesta categoria, não há razão para atribuir
40% dos subsídios a este sector.
Da parte do governo só existe indiferença pelo tema. Tem protelado a prometida lei de protecção dos animais que puna actos de violência injustificada. A ASAE tem encerrado explorações pecuárias ilegais, mas nunca considerando os modos de tratamento dos animais. De resto tem havido total inoperância e cumplicidade na manutenção das terríveis condições em que animais são usados e abusados todos os dias.
ANIMAIS DE COMPANHIA
• Todos os cães e gatos devem receber microchip (apenas é obrigatório em cães que tenham nascido depois76 de 2008);
• Base de dados única para os dados destes microchips, que permita fácil e rápida consulta e introdução de dados pelos médicos veterinários municipais através da internet. Actualmente existem 3 bases de dados com graves lacunas, o que impede a devolução de um animal perdido ou roubado ou a punição de quem tenha abandonado o seu animal;
• Esterilização de todos os animais adoptados em canis e gatis municipais. Estas esterilizações devem ser feitas no próprio espaço do canil e gatil ou, na ausência de condições apropriadas, em clínicas veterinárias locais através de protocolos;
• Disponibilização da extensão dos protocolos de esterilização a outros animais de companhia;
• Definição legal das regras de tratamento de animais de companhia.
ANIMAIS NO ENTRETENIMENTO
• Fim do uso de animais nos circos, promovendo a qualificação de profissionais do novo circo;
• Apoiar a requalificação de praças de touros fixas com pouca ou nenhuma utilização em espaços culturais(como aconteceu com a criação de um Centro de Ciência Viva em Viana do Castelo);
• Fim de rodeos, de touradas de morte ou à vara.
EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL
• Criação de um banco de cérebros em Portugal para promover uma investigação científica séria, eficaz e segura na área das Neurociências (como Alzheimer e Parkinson), acabando com o sacrifício de centenas de animais por ano para efeitos deste estudo;
• Eliminar parte da criação de animais usados no ensino, promovendo protocolos com autarquias, clínicas veterinárias, etc., para uso de cadáveres de animais.
ALIMENTAÇÃO
• Fim da produção de ovos por galinhas de bateria (criação intensiva) promovendo a transição para produção de ovos “free-range” (criação extensiva);
• Subsidiar alimentos que promovam a saúde e as necessidades da população portuguesa e não os interesses dos produtores.

PROMOÇÃO DE RESPONSABILIDADE
• Criação de um abrigo preparado para receber animais domésticos e selvagens, de forma a impedir que, por falta de espaços, seja dada a guarda dos animais a quem os maltratou ou negligenciou.
• Incluir as associações de protecção de animais na lei do mecenato, tal como já acontece com organizações de defesa do ambiente e outras.
in programa eleitoral do Bloco de Esquerda, pp.74-75
• Proibição da criação de chinchilas, coelhos, raposas ou martas para pêlo.

08 setembro 2009

Fuck Them"

"(...) Manuela Ferreira leite usou um carro do Governo Regional na deslocação que fez do centro do Funchal para a Quinta da Vigia, sede do executivo regional, dali para um almoço de campanha com candidatos e dirigentes sociais-democratas madeirenses e, segundo a Lusa, também na viagem do Funchal para o aeroporto. Já durante viagem ao concelho da Ribeira Brava, para assistir à cerimónia de homenagem ao mais antigo autarca do país, António Ramos, Ferreira Leite deslocou-se numa viatura particular." in Público


Engraçado Ferreira Leite vir dizer que na Ilha da Madeira se respira democracia ao contrário da asfixia democrática no continente. São os sinais de desespero de quem não tem programa, não tem ideologia que difira das opções do governo sócrates e perdeu a seriedade que fez com que os seus apoiantes a elegessem contra Marques Mendes (alguma vez a teve?). Tomando de empréstimo a caracterização feita ontem por Ana Drago (excelente excelente) de Paulo Rangel, partido de incompetentes.
"citando Alberto João Jardim aos jornalistas no dia 7/09/09