António Costa porta-se como um reizinho no seu pequeno grande reino, depois do último resultado eleitoral em Lisboa, a tendência não será para melhorar. Favoreceu, nos dois últimos mandatos, a cidade do capital, da especulação, favoreceu modelos urbanos para turista ver que deram tristes resultados em muitas cidades por esse mundo fora. Deu à mesma empresa negócios de gentrificação imobiliária com encaixes financeiros de muito curto prazo na câmara e de difícil previsão na longa vida da cidade. Alcântara, lx factory, cais do sodré, martim moniz. Distribui prebendas. Catarina Portas, com os seus quiosques "muito típicos" e "portugueses" abriu mais uma loja, neste caso junto ao gabinete do presidente da câmara, no recém investimento do Largo do Intendente, a nova praça trendy da cidade, em busca do cosmopolitismo que se destrói na baixa e no martim-moniz. Diz-nos que "consumir é um acto político", e tem razao. Apoiou, como muita gente da cultura, a candidatura da Margarida da Abraço, da lista de António Costa, a uma das novas mega-juntas da zona.
"Foi por isso que decidiu abrir aqui uma loja?
Soube, de uma forma curiosa [fofinha], que os antigos armazéns da Viúva Lamego estavam para arrendar: na inauguração da exposição da Joana Vasconcelos, em Versailles, António Costa perguntou-me se queria arrendar uma loja no Intendente. Andei a pensar na vida [fôoooofa], um pouco aflita porque a altura não é a melhor e abrir uma loja de 500 metros quadrados num sítio como o Intendente...Pensei muito no investimento, não queria endividar-me demasiado.
Vir para aqui é um risco?
É um risco calculado[se nao é mesmo fôfa], mas também há alguma loucura. Até hoje, tive cuidado. Comecei o negócio com mil euros, fui reinvestindo o que ganhei, e é assim que temos crescido". in Visão, 03.10.13
É a vida portuguesa no seu esplendor.
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