A vereadora da câmara municipal de Lisboa para as áreas da Habitação; Desenvolvimento Social, Gebalis, Comissão Arbitral Municipal, escreveu um texto a semana passada no jornal Público que termina da seguinte forma: "É este o desafio que proponho para os próximos anos em Lisboa – mobilizar o município, a Rede Social, a sociedade civil, os recursos humanos, técnicos e financeiros necessários e sensibilizar as comunidades de bairro e de vizinhança para encontrar respostas dignas e humanas ao alcance daqueles de entre nós que, pelas mais diversas razões, se encontram na condição de “pessoas sem abrigo”. E não me digam que não há dinheiro: a única coisa que falta mesmo é humanidade."
Quatro anos depois de assumir funções nesta área a vereadora vem solcitar a mobilização o município (!) para a resposta a problemas que não só existiam quando esta candidata independente assumiu o lugar no executivo de António Costa como dependem de forma muito directa da sua acção à frente da Gebalis e das políticas inexistentes para a habitação em Lisboa. Helena Roseta já nos habituou a este comportamento, em alturas de recolher apoios o seu discurso inflama e comove as pedras da calçada, nas outras faz exactamente o contrário das suas pregações de esquerda e de mulher independente e, ao fazê-lo -e nisto reside uma das suas particularidades- não disfarça um certo prazer. Nunca esquecer o texto que fez acompanhar o desalojo da Rua de S. Lázaro, onde vários activistas foram detidos de forma violenta, nesse texto a vereadora dizia aos ocupantes do imóvel municipal que eles estavam a impedir que famílias verdadeiramente necessitadas fizessem uso do edifício devoluto... O imóvel em questão esteve fechado mais de dez anos até à ocupação e assim continua depois desta acção tão cínica como violenta de Helena Roseta. A alguns meses das eleições acordou para os sem-abrigo, eu não diria que a humanidade é a única coisa que (lhe) falta mas também.
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