25 fevereiro 2013

Governos patrioticos e Portugal soberano e desenvolvido

Miséria de tempo em que a maioria da esquerda acha que a pátriazinha e o "interesse nacional" servem de refúgio político... Pobre do Marx que, sempre que possível, era contra tudo o que pudesse desenvolver os mecanismos mais arcaicos de desenvolvimento capitalista... Miséria de tempo que à pala da justíssima luta contra a política de austeridade, há quem não se importe de aceitar "aliados" que se estiverem num governo de esquerda apostariam tudo no que chamam de "ruptura com a integração europeia" em prol de uma saída nacionalista.

E neste ponto, não sendo iguais, porque as únicas forças políticas na europa que defendem uma saída do euro e a fragmentação nacional são os fascistas e os leninistas? A esta interrogação pertinente há quem prefira dizer que tudo isto é coincidência... Outros preferem ir-se interrogando racionalmente sobre o assunto. Se não existe um livre arbítrio, o arbítrio da maioria da esquerda tem sido tudo menos racional e reflexivo sobre as tragédias do passado. Não são os erros que chateiam. É a atitude de se passarem décadas e décadas e décadas a cometer as mesmas argoladas, a apostar nos mesmos cavalos de batalha, a abandonar a análise (e a crítica) da dinâmica motriz das sociedades contemporâneas...


Joao Valente Aguiar num comentario no blogue Vias de Facto

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