"Os militares não têm mais direitos do que as outras pessoas, mas acontece que os militares que fizeram o 25 de Abril foram pessoas que arriscaram toda a sua carreira por algo em que acreditavam”, lembrou o general. “Não queremos criar problemas ao poder político, mas o poder político também não pode criar problemas à sociedade civil”, sublinhou [General Garcia Leandro] em notícia hoje no Público entitulada "Grupo de militares de Abril contra casamento entre homossexuais". A sociedade civil está e estará cheia de problemas, entre os quais haver gente que se serve de Abril para vir manifestar, sem qualquer tipo de embaraço, posições reaccionárias e obscuras, de que o país nunca se viu livre e encontram expressão na hierarquia da Igreja católica que convocou, através dos seus acólitos, uma manifestação homofóbica -à semelhança de
grupos integristas religiosos - para correr uma avenida em Lisboa (que será tudo nesse dia menos a da Liberdade). Ontem como hoje a Igreja (a institucional não a formada pelos crentes) coloca-se na linha da frente da perseguição às minorias.
grupos integristas religiosos - para correr uma avenida em Lisboa (que será tudo nesse dia menos a da Liberdade). Ontem como hoje a Igreja (a institucional não a formada pelos crentes) coloca-se na linha da frente da perseguição às minorias.
Face a uma lei que vem repôr a igualdade de direitos entre cidadãos onde antes não existia, grupos de cidadãos ligados à igreja, convocam uma manifestação a favor do casamento entre heterossexuais e a favor da família. Como se o casamento entre pessoas heterossexuais esivesse alguma vez em causa ou diminuido de direitos ou como se a família estivesse a ser atacada por perigosos gansgsters do asfalto. Esta manifestação seria o mesmo que face à alteração das leis anti-segracionistas nos estados do sul nos EUA, alguns brancos se manifestassem a favor do casamento entre brancos e da família branca. Os efeitos do discurso homofóbico são os mesmos que os do discurso racista. É criminoso, provoca danos e não deve ser lido de outra forma. Como sabem isso, os promotores da manifestação não a anunciam contra homossexuais mas sim a favor dos heterossexuais, não deixando, com este ziguezaguear hipócrita de se colocar no lugar onde estiveram e estão todos os que, de forma criminosa, promovem, pela acção ou pelo descuido, a desigualdade, a perseguição, o sofrimento e não poucas vezes a morte, de seres humanos.
Felizmente a sociedade portuguesa não é a mesma que os brandos costumes foram (a)condicionando. Felizmente há muitos militares de Abril (muito mais capitães que generais) que perseguem hoje os mesmos objectivos de liberdade que os fez mover nesses dias de Abril, esses e os que se lhe seguiram dos mais belos da história recente da Europa. Felizmente existem crentes, católicos ou de outros credos, que se batem e se bateram contra a opressão e pela liberdade. Felizmente há famílias cor-de-rosa, brancas, amarelas, pretas, café com creme, azuis e de todas as cores. Felizmente há um movimento associativo LGBT com mais de 20 anos de actividade, que amadureceu ao ponto de não precisar de ser homogéneo e conter em si hoje vozes que encontram na agenda partidária e institucional o melhor caminho (com a eleição de deputados pelo governo do partido) e outras que vêm na denúncia de situações de machismo ou homofobia ou mesmo em acções pedagógicas o seu campo principal de actividade.
Entre estes espaços legítimos de acção há aquele que no sábado vai reunir-se próximo da manifestação convocada pela Plataforma a favor do Casamento Heterossexual para dizer, de cara destapada, que há direitos não resgatáveis ou negociáveis. Para dizer não à Homofobia e sim à Liberdade.
Felizmente a sociedade portuguesa não é a mesma que os brandos costumes foram (a)condicionando. Felizmente há muitos militares de Abril (muito mais capitães que generais) que perseguem hoje os mesmos objectivos de liberdade que os fez mover nesses dias de Abril, esses e os que se lhe seguiram dos mais belos da história recente da Europa. Felizmente existem crentes, católicos ou de outros credos, que se batem e se bateram contra a opressão e pela liberdade. Felizmente há famílias cor-de-rosa, brancas, amarelas, pretas, café com creme, azuis e de todas as cores. Felizmente há um movimento associativo LGBT com mais de 20 anos de actividade, que amadureceu ao ponto de não precisar de ser homogéneo e conter em si hoje vozes que encontram na agenda partidária e institucional o melhor caminho (com a eleição de deputados pelo governo do partido) e outras que vêm na denúncia de situações de machismo ou homofobia ou mesmo em acções pedagógicas o seu campo principal de actividade.
Entre estes espaços legítimos de acção há aquele que no sábado vai reunir-se próximo da manifestação convocada pela Plataforma a favor do Casamento Heterossexual para dizer, de cara destapada, que há direitos não resgatáveis ou negociáveis. Para dizer não à Homofobia e sim à Liberdade.
Este Sábado, dia 20, às 15h em frente ao cinema S. Jorge.
2 comentários:
Estiveram lá? Como correu?
bjs nortenhos
olá. estivemos. o Venus descreve bem aqui:
http://oamorpelascoisasbelas.blogspot.com/2010/02/marcha-do-odio.html
beijos mouriscos
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