(...) pois nada é mais propício a desgastar a energia comum do que a pretensão de que temos uma tarefa pessoal a cumprir e não vamos desistir desse objectivo. Num tecido social irrigado por energias, todos os caminhos levam a um fim bom em si, se não hesitarmos e reflectirmos por muito tempo. Os objectivos estão próximos; mas também a vida é curta, e assim se obtém o máximo proveito, e de mais não precisa uma pessoa para ser feliz: porque aquilo que se alcança é que dá forma à alma, ao passo que aquilo que se persegue sem o atingir a deforma. A felicidade depende muito pouco daquilo que se quer, realiza-se apenas com aquilo que se alcança. Para além disso, a zoologia ensina-nos que um número de indivíduos limitados pode constituir um todo genial. p.61
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