Não sei se existem mais experiências de orçamentos particpados ao nível autárquico. Em Palmela a Presidente tem uma iniciativa a que dá esse nome mas em que, efectivamente, não há valores afectados nem iniciativas concretas que os munícipes possam votar. O que fazem é apenas indicar a área em que gostariam de maior investimento. Saúde, cultura,estradas, transportes, etc. Votei nas duas edições do Orçamento Participativo de Lisboa, não sei qual é o valor de que estamos a falar este ano. No ano anterior foram 5 milhões de euros. E este ano houve aumento da verba? Está conluída a ciclovia, projecto vencedor em 2009?Apreciando as propostas a votação, e foram muitas, há uma sensação confrangedora. Não estamos a votar prioridade nas políticas camarárias nem escolhas políticas mas a votar medidas primárias, como uma escola que concorreu para ter uma cobertura para os alunos não se molharem quando mudam de pavilhão. Como votar não ou sim a uma proposta destas? Se que é para isto que serve um instrumento tão importante como o Orçamento Participativo? Não seria melhor reflectir nesta experiência e pensar noutro tipo de mecanismos e/ou noutro formulário para tornar efectiva a partipação no governo da cidade? Como moradora de uma freguesia interessa-me que aumentem os passeios para poder circular sem ser atropelada mas imagino que essa seja uma pretensão dos restantes fregueses da cidade. Serão eles a ter de se organizar melhor para impor propostas abrangentes e "transversais"? Serão eles a ter de organizar-se em lobbies?
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