15 janeiro 2010

Há mais Vida para além do PIB (no sábado pelo menos)



Gualter Barbas Baptista - activista do GAIA e investigador do ECOMAN - Centro de Economia Ecológica e Gestão do Ambiente – FCT/UNL

José Castro Caldas - CES – Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra

Luis Francisco Carvalho - ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa

Manuela Silva - Professora Universitária (aposentada)

Susana Peralta - Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa




Desenvolvido no contexto da Grande Depressão dos anos 30 e da II Guerra Mundial, acompanhando a ascensão da macroeconomia keynesiana, o PIB tornou-se um dos mais conhecidos indicadores económicos. O seu elevado grau de disponibilidade e de comparabilidade, entre países e ao longo do tempo, transformaram o PIB na medida privilegiada do sucesso das economias e das sociedades, em termos do discurso académico, mas também ao nível do debate político e da atenção mediática.



No entanto, há muito que foram sendo notadas as limitações do PIB, quer como medida da produção e do crescimento económico, quer, sobretudo, como indicador de qualidade de vida ou de bem-estar. A discussão sobre as insuficiências do PIB e a necessidade de o substituir ou complementar com outros indicadores tem ganho crescente relevância, tendo merecido a atenção de organizações como a ONU, a União Europeia ou a OCDE – particular destaque merece, neste contexto, a iniciativa do Governo Francês que conduziu à elaboração de um relatório sobre o tema, recentemente publicado, coordenado pelos conhecidos economistas Joseph Stiglitz e Amartya Sen. Neste âmbito, as propostas têm convergido na necessidade de incluir as dimensões da sustentabilidade social e ambiental dos processos económicos, reflectindo a crescente saliência destas questões no debate público.



A discussão sobre o PIB constitui uma oportunidade para reflectir sobre os objectivos que as nossas sociedades, mais ou menos ‘desenvolvidas’, podem e devem prosseguir, bem como sobre os valores que estão subjacentes às escolhas com que nos deparamos. Este é um debate que não pode ficar confinado à dimensão técnica dos ‘especialistas’. A participação alargada da sociedade na definição dos padrões de orientação e avaliação dos caminhos por onde passará o nosso futuro colectivo é, desde logo, uma elementar exigência democrática.


ATTAC abre o debate público em Portugal sobre a medida e os indicadores de desenvolvimento


Há mais vida para além do PIB


Sábado, 16 de Janeiro, 15h30


Biblioteca Museu República e Resistência


R. Alberto Sousa, nº 10A – Bairro do Rêgo [mapa]


entrada livre

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