16 julho 2015

Grécia

Viemos da sombra e do silêncio
levantámos as pedras da calçada
como as nossas mães e avós
as pedras das sepulturas
para virem juntar-se à força que temos nos braços.

Nada será em vão porque
nada será em vão.
Há homens em covas
a roer ossos de mil anos de humilhações.
A Terra conhece-os e
também ela
está do nosso lado.
As árvores, os pássaros
sinais da liberdade no mundo.
Ou da presença de deus
não o juiz supremo mas
o vento e a brisa que agita
as searas ao fim do dia
e refresca as testas tisnadas
daqueles que nos séculos
empunham o ferro que revolve e agita o mundo.

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