02 abril 2012

Boas reflexões sobre o dia da greve.

Não, terá, no entanto, sido menos do que um dia para recordar. Não tanto para a central sindical, a quem foi mais difícil, desta vez, agitar a bandeira da lição exemplar dada pelos trabalhadores e a quem, no Porto, terá sido difícil engolir a percepção de que os seus próprios apaniguados achavam melhor subir aos Leões do que ficar nos Aliados. Não o terá sido também para o governo, apesar da aparente vitória perante a greve, ao reparar que o seu chefe supremo tem que esgueirar por entre aparelhos repressivos impressionantes quando se quer deslocar no país. Uma concentração marcada por facebook, sem pedidos de autorização ou qualquer tipo de enquadramento organizativo por trás, com o tipo de adesão e combatividade que a o Flash Piquete teve, nunca é uma notícia para um governo. Para a polícia, apesar da diversão de Lisboa, o dia 22 de março também passava melhor se não tivesse existido. É certo que puderam bater em quem quiseram, mas fizeram-no em frente a demasiadas câmaras, para além de que quiseram bater a gente demais, nomeadamente a jornalistas (1 e 2). Não fosse isso e talvez, em Lisboa, as forças da ordem e os seus infiltrados tivessem conseguido, com a ajuda normalmente acrítica dos média, mais um passo na criminalização do protesto.


"Sobre a Greve Geral", ler o texto completo aqui.

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