Na agenda Cultural de Novembro o editorial recomendava-nos que fossemos fazer uma assinatura anual de 15 euros para receber em casa a agenda cultural impressa. Apesar da existência do site não parece justo nem legítimo terminar com o acesso gratuito à informação de divulgação cultural de uma cidade como Lisboa. A Câmara até podia nem investir em mais nada, mas ninguém melhor que ela está no lugar de ser a fonte de reunião e divulgação de tudo quanto acontece por aqui. Sem publicidade obstusa e sem critérios editoriais.
27 novembro 2009
24 novembro 2009
20 novembro 2009
12 novembro 2009
Os braços da Venus de Milo
A rtp 2 passou recentemente um programa de Waldemar Januzczak em três episódios desgarrados (entre e dentro de si) onde o crítico de arte, de forma entusiasta e vibrante, nos conduz, quase sempre sob paisagens deslumbrantes, sobre aquilo que o maravilha e exalta na história da escultura (chegando a incluir nesta categoria construções arquitectónicas da civilização Maia).
No 1º primeiro epiódio propõe-se explicar o êxito ao longo de séculos da escultura conhecida como a Vénus de Milo para concluir que esta escultura desmembrada concentra as características, também presentes nas estatuetas pré-históricas idênticas à Venus of Willendorf, definidoras da fertilidade e portanto essenciais ao ser-mulher. Esta estátua tem um sucesso que permanece ao longo do tempo segundo este crítico prolíxuo, não porque seja uma imagem repetida mil vezes e identificada por todos como o Nascimento de Vénus renascentista em todas as caixas de bom-bons (o ready made e o Wandy Wharhol já não tinham explorado esse fenómeno da massificação associada à imagem, e já outros teóricos não falam do fim da imagem?) mas porque sintetiza aquilo que interessa numa mulher (o seu peito para amamentar e as suas coxas e púbis para procriar). Chega a dizer: não está ali tudo o que interessa numa mulher? Fabrica pequenas réplicas com bracinhos para nos demonstrar que qualquer par de membros na Venus de Milo lhe teria retirado a importância que detém no reconhecimento universal. Talvez a sua teoria não seja de ignorar no que diz respeito à opção em emitir de forma repetida para a comunicação massificada determinadas imagens, que, na força da sua repetição, acabam por impôr-se, universalmente aceites, e transportadoras desses valores (não os que lhe deram origem) mas os que motivaram a sua ampla divulgação.
06 novembro 2009
Amantes inconfessos
O Paraíso é aquele lugar onde o humor é britânico, os cozinheiros são franceses, os mecânicos são alemães, os amantes são portugueses e tudo é organizado pelos suíços.
O Inferno é aquele lugar onde o humor é alemão, os cozinheiros são britânicos, os mecânicos são franceses, os amantes são suíços e tudo é organizado pelos portugueses...
Recebi esta anedota por e-mail. Não deixa de ser curiosa esta ideia dos portugueses como bons amantes. Uma ideia, como alguém referia recentemente, que a própria literatura reclama contantemente. Nesta anedota empurraram-se os franceses para a cozinha para deixar livre o poema e a prestação amorosa aos portugueses. Se um dos defeitos é fácil de adivinhar a suposta qualidade em destaque não revela, para além dos resquícios de marialvismo, a ausência de outras caracterísiticas a salientar?
02 novembro 2009
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