Há algo de muito interessante a acontecer, um grupo de cidadãos envolvendo-se para salvar, resgatar, requalificar o Museu de Arte Popular. A imensa dificuldade em lidar com este legado (a visão infantilizada de Povo que era aqui apresentada pelo Estado Novo, visão que servia na perfeição a ideia do povo pobre mas honrado, feliz nas suas tarefas do campo), a mudança da etnologia para o respetivo Museu Nacional no Restelo (edifício igualmente fantástico) com o seu enorme espólio fizeram deste museu (o edifício e o espólio) um fantasma que se tem mantido e reservado à incúria e ao abandono nas últimas décadas, para pobreza e infelicidade de todos nós.
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