26 março 2011

23 março 2011

"A precariedade e o PREC, começando pelas mesmas quatro letras, designam duas conjunturas iguais em tudo menos num ponto: o PREC trouxe insegurança e instabilidade para os patrões, a precariedade traz insegurança e instabilidade para os trabalhadores. O PREC nacionalizazou certas empresas e a banca, a precariedade nacionaliza o salários dos trabalhadores para acudir às necessidades de certas empresas e da banca. Quem percebe de finanças na televisão garante que a primeira conjuntura é péssima para a economia, enquanto a seguda é excelente. A primeira é intolerável, a segunda deseja-se. Esta gente é que não é parva".

Ricardo Araújo Pereira, Da parvoíce, Revista Visão, 10.16 de Março

16 março 2011

Ao Cair da Noite

Em Ao cair da Noite, Nova Iorque parece lamber as feridas pós-11 de Setembro.
O 11 de Setembro está muito presente no romance e na cidade. Os nova-iorquinos estão mais amáveis uns com os outros, dão menos cotoveladas no metro. Nova Iorque, tal como a América, julgava-se indestrutível, inexpugnável...Mas tivemos duas tragédias: o ataque em si e a guerra lançada por Bush ao Iraque em resposta. Isto cimentou a reputação da América como um país perigoso.

Parece-lhe que a era Obama mudou essa percepção?
Foi muito visível a atitude antiamericana nos recentes levantamentos do Egipto. É um sentimento sempre em alta no Médio Oriente, porque a América sustentou estes ditadores ao longo dos anos. Esteve, não do lado dos rebeldes mas do lado de quem controla os cidadãos e mantém o petróleo a correr.
(...)

em entrevista a Michael Cunningham por Sílvia Souto Cunha, Revista Visão, Março de 2011